CANDANGÃO

Gama e Brasiliense fazem clássico de opostos no Mané Garrincha

No primeiro clássico com torcida desde 2019, alviverde recebe o arquirrival, querendo encerrar o jejum de seis clássicos sem vitórias. Jacaré quer ampliar a invencibilidade e aumentar instabilidade no Ninho do Periquito

Victor Parrini*
postado em 26/01/2022 10:12
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A rivalidade pede passagem no Distrito Federal. Nesta quarta-feira (26/1), às 20h, o Estádio Nacional Mané Garrincha vestirá verde e amarelo, ao estender o tapete para Gama e Brasiliense no principal clássico da capital do país. O confronto, pela segunda rodada do Campeonato Candango, terá um sabor ainda mais especial, pois marca o retorno do público a uma partida entre os dois clubes depois de quase três anos distantes. A partida terá transmissão da TV Distrital, canal aberto 9.3 e no YouTube.

Periquito e Jacaré prometem um duelo cheio de contrastes. Dentro e fora das quatro linhas, as duas equipes vivem momentos totalmente adversos. Enquanto o alviverde vem de tropeço para o Ceilândia na estreia pelo torneio local, o lado amarelo alegrou-se com os três pontos no debute diante do Paranoá. E o clássico de número 70 entre Gama e Brasiliense tem uma carga moral acima do normal. Para os gamenses, é a oportunidade de reverter um jejum incômodo de seis partidas sem vencer o maior rival. Para os atuais campeões do DF, é a chance de aumentar a invencibilidade e complicar a vida adversária.

Encontrar os caminhos da vitória no clássico não será tarefa fácil para o Gama. O maior campeão candango precisará repetir, pelo menos, a atuação do distante 26 de setembro de 2020, quando superou o arquirrival pela última vez, por 2 x 1, pela Série D do Campeonato Brasileiro. O desempenho do plantel verde nos confrontos contra o Brasiliense vai de encontro aos tempos em que o domínio do duelo estava nas garras do Periquito.

Entre 27 de maio de 2001 e 23 de março de 2003, o Gama encaixou sequência de 10 jogos sem derrotas para o principal adversário — a maior invencibilidade da história do clássico. Neste período, foram sete vitórias, três empates e dois títulos candangos sobre o rival. Mas os tempos agora são outros. É preciso trabalhar para reverter o atual cenário, pois as glórias alviverdes no clássico parecem estar ficando apenas na memória.

Uma das apostas da diretoria gamense para 2022, o meia Filipe Cirne, que, inclusive, vestiu a camisa amarela em 2018, garante que o grupo trabalha para reverter o cenário. “A dor de não vencer há seis partidas nos motiva ainda mais. A maior motivação é o nosso próprio trabalho e o sentimento de dívida que ficou da estreia”, disse.

“Nos cobramos muito e sabemos que temos que mostrar resultado nessa partida. Faremos nosso melhor e contamos com o apoio da torcida”, complementou o camisa 10.

Enquanto um trabalha para mudar o panorama do clássico mais popular o DF, o outro quer igualar, ou superar, os números do confronto disputado há mais de 21 anos. De 21 de novembro de 2020 para cá, o Brasiliense conquistou cinco vitórias em seis jogos. Nesse ínterim, a única vez em que não soltou o grito de triunfo foi quando empatou sem gols pela quarta divisão nacional. 

O retrospecto caracteriza a segunda maior invencibilidade construída pelo Jacaré em sua história no clássico, ficando atrás apenas do período entre 2004 e 2006, quando emplacou nove partidas sem derrotas para o Gama.

Jogador do clube durante o período sem derrotas, o volante Aldo ressaltou o objetivo do Brasiliense. “Mais importante do que conquistar as sete partidas de invencibilidade, é ter a consciência que é um clássico. É um campeonato à parte, um jogo diferente. Temos que entrar concentrados e fazer o nosso melhor para conseguirmos a vitória e mantermos essa marca”, destacou.

Ficha técnica

Gama x Brasiliense
Vale o quê? Segunda rodada do Candangão 2022
Onde? Mané Garrincha - Brasília (DF)
Quando? Sábado (26/1), às 20h
Transmissão: TV Distrital, canal aberto 9.3 e no Youtube

Gama
Rodolfo; Welton, Ferrugem, Rodolfo M. e Saturnino; Vitor Cruz , Borges e Filipe Cirne; Lucas Vaz, Milla e Iacovelli. Técnico: Jonilson Veloso

Brasiliense
Edmar Sucuri; Andrezinho, Badhuga, Railon e Peu; Radamés, Zotti, Aloísio e Bernardo; Luquinhas e Marcão Técnico: Reinaldo Gueldini

Árbitro: Savio Pereira Sampaio

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz

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