O início do Campeonato Candango se aproxima, mas o gramado do Estádio Bezerrão está longe das condições ideais para ter a bola rolando novamente. Em março de 2021, a Novacap e o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiram montar, no gramado da arena, um hospital de campanha para conter o avanço da pandemia de covid-19 na capital.
O contrato expirou em novembro, mas parte da estrutura ainda segue no gramado, assim como os danos ao gramado. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) enviou um ofício à Companhia Urbanizadora da Capital (Novacap), solicitando a desocupação completa, além da revitalização do campo. Fotos e vídeos do fim da última semana mostra o processo ainda pela metade.
O ofício do MPDFT foi enviado em 10 de janeiro, pelo Procurador Distrital dos Direitos do Cidadão, José Eduardo Paes, endereçado ao Diretor-Presidente da Novacap, Fernando Leite. No documento, Paes cita as “condições precárias do gramado do Estádio Bezerrão”, que impossibilitam a “utilização do espaço público, em especial da agremiação do Gama”, time da região administrativa.
Paes lembrou, ainda, que mesmo com o encerramento das atividades do hospital de campanha no estádio, não há condições para práticas esportivas “O gramado encontra-se em condições precárias, não estando apto para treinamentos, receber jogos ou quaisquer eventos esportivos”, ressaltou em trecho do ofício.
“O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - MPDFT, por seu Procurador Distrital dos Direitos do Cidadão, requisita a adoção de providências, concernentes à desmontagem da estrutura do Hospital de Campanha do Gama, localizado no Estádio Bezerrão, bem como à revitalização do gramado, a fim de que a mencionada arena possa ter, assim que possível e de forma gradual, condições de receber jogos e eventos esportivos”, concluiu.
Apesar da solicitação do representante do MPDFT, a recuperação do gramado ainda deve se arrastar. Conforme publicado em dezembro jornalista Marcos Paulo Lima, no blog Drible de Corpo, do Correio, em dezembro, a reforma do campo de jogo pode chegar aos R$ 2 milhões, pois não há nada que possa ser aproveitado.
A costura de fibra sintética, legado deixado no Bezerrão pela Fifa após a Copa do Mundo Sub-17, em 2019, representa o maior prejuízo: R$ 1,5 milhões. Portanto, o campo demanda de reparo completo, desde a drenagem e irrigação, até ao plantio de nova grama.
Conforme estabelecido no contrato do hospital de campanha do Gama, a responsabilidade da retirada de toda a estrutura utilizada era da empresa prestadora de serviços. No atual cenário, Gama e Santa Maria, seguem sem casas para a disputa do Campeonato Candango, que começa no próximo sábado (22/1).
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz
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