O tenista sérvio Novak Djokovic deixou a Austrália, ontem, depois que a Justiça rejeitou seu recurso contra sua deportação ordenada pelo governo. As autoridades consideraram que o número um do mundo no tênis representava um "risco para a saúde" por não ter se vacinado contra a covid-19. Tomada por unanimidade pelos três juízes, a decisão pôs fim às esperanças do sérvio, de 34 anos, de conquistar seu 21º título de Grand Slam, no Aberto da Austrália.
"Estou decepcionado", disse Djokovic em um comunicado. "Respeito a decisão do tribunal e vou cooperar com as autoridades competentes em relação à minha saída do país", afirmou, pouco antes de deixar Melbourne. "Agora vou tirar um tempo para descansar", disse o jogador, cuja carreira pode se ver seriamente afetada, após a decisão.
Djokovic foi autorizado a deixar o centro de detenção para imigrantes, onde estava detido desde sábado, e assistiu on-line, dos escritórios de seus advogados em Melbourne, à audiência. Em suas argumentações, o ministro da Imigração, Alex Hawke, disse que a presença de Djokovic no país era, "provavelmente, um risco para a saúde". Segundo ele, fomentava o "sentimento antivacina", podendo dissuadir os australianos de receberem doses de reforço, no momento em que a variante ômicron se espalha pelo país.
Irritados, os tenistas sérvios querem "vingar" o número 1 do mundo Novak Djokovic, após a decisão das autoridades australianas de deportá-lo. "Nossa pequena equipe sérvia em Melbourne está indignada e decepcionada e agora devemos ir além para vingar de alguma forma nosso melhor representante, que foi impedido de estar aqui", escreveu Miomir Kecmanovic (78 do ranking), em sua conta no Instagram.
O jogador estava "muito feliz" por ter "a honra de enfrentar o primeiro jogador do planeta" no centro Rod Laver, hoje. Kecmanovic agora enfrentará o italiano Salavatore Caruso (150 do ranking). E sem Novak Djokovic, o favoritismo do título fica com o espanhol Rafael Nadal, o russo Danii Medvedev e o alemão Alexander Zverev.
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