A Austrália revogou nesta sexta-feira (14/1) o visto do tenista Novak Djokovic pela segunda vez devido à falta de vacinação do tenista, que é número um do mundo.
A decisão do ministro da Imigração, Alex Hawke, foi tomada por motivos de "saúde e ordem" e significa que ele pode ser deportado.
No entanto, o sérvio de 34 anos ainda pode entrar com outro recurso legal para permanecer na Austrália.
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O número um do tênis masculino estava agendado para estrear no Aberto da Austrália, que começa na segunda-feira da semana que vem.
"Hoje eu exerci meu poder... de cancelar o visto do senhor Novak Djokovic por motivos de saúde e ordem, com base no interesse público", disse o ministro, em um comunicado.
A mudança também significa que Djokovic poderá ser proibido de obter um visto australiano nos próximos três anos — embora isso não seja definitivo.
O atual campeão do Aberto da Austrália — torneio que ele já venceu em nove ocasiões — esperava defender seu título na próxima semana. Caso vencesse esse ano, ele se tornaria o tenista masculino mais bem-sucedido da história, com um recorde de 21 títulos de Grand Slam (Australia Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open).
No momento, Djokovic permanece agendado para jogar o Aberto da Austrália segundo os organizadores, e está marcado para enfrentar o também sérvio Miomir Kecmanovic em sua estreia no início da próxima semana.
Se ele for deportado, no entanto, sua vaga provavelmente irá para o jogador russo Andrey Rublev.
O visto de Djokovic foi revogado pela primeira vez logo após sua chegada a Melbourne em 6 de janeiro, depois que oficiais da imigração australiana disseram que ele "não conseguiu fornecer evidências suficientes" para receber uma dispensa de vacina.
A opinião pública também reagiu contra Djokovic, já que boa parte dos australianos precisou enfrentar quarentenas rígidas. Muitos ficaram indignados com o visto dado a um atleta não-vacinado.
Djokovic foi detido por horas no controle de imigração do aeroporto de Melbourne e depois passou dias em um hotel da Imigração. Posteriormente, seu visto foi restabelecido por um juiz, que ordenou sua libertação, determinando que os funcionários da fronteira ignoraram o procedimento correto.
Mas na noite de sexta-feira em Melbourne, Hawke cancelou o visto de Djokovic usando poderes de ministro da Lei de Migração da Austrália.
A lei permite que ele deporte qualquer pessoa que considere um risco potencial para "a saúde, segurança ou boa ordem da comunidade australiana".
O primeiro-ministro, Scott Morrison, disse que a decisão foi feita depois de uma "ponderação cuidadosa".
"Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam, com razão, que o resultado desses sacrifícios seja protegido. É isso que o ministro está fazendo ao tomar essa ação hoje", disse ele em comunicado.
Isso ocorre depois que Djokovic alegou que seu agente havia feito uma declaração falsa em seu formulário de viagem. Djokovic também disse ter se encontrado com um jornalista após testar positivo para Covid-19.
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