Agora é oficial: o novo técnico do Flamengo para 2022 será o português Paulo Sousa. Acertado com o clube carioca desde o último domingo (26/12), o treinador de 51 anos foi oficializado como novo titular do cargo na tarde desta quarta-feira (29/12), poucas horas após resolver um arrastado distrato com a seleção da Polônia. A questão era o principal entrave para o profissional assumir o cargo no time carioca. O vínculo com o clube brasileiro será até o fim de 2023.
Paulo Sousa chega ao Flamengo exatamente 30 dias após o cargo ficar vago com a demissão de Renato Gaúcho. Adiantando o planejamento para a próxima temporada com dirigentes rubro-negros desde segunda-feira (29/12), o novo “mister” flamenguista — alcunha pela qual os técnicos portugueses são tratados — chega ao clube acompanhado de uma comissão técnica de seis auxiliares. O grupo deve pousar no Brasil na primeira semana de 2022. A reapresentação do time está marcada para 10 de janeiro.
Assim com os três antecessores — Domenèc Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho —, Paulo Sousa comandará o Flamengo com a sombra de Jorge Jesus rondando o Ninho do Urubu. Preferido da torcida, o técnico campeão da Libertadores de 2019 com o rubro-negro chegou a conversar com dirigentes, mas não deixou claras suas intenções. Acabou demitido do Benfica logo após o rubro-negro definir o nome do compatriota e, agora, flerta com o Atlético-MG.
O novo comandante rubro-negro iniciou a carreira como técnico dirigindo a Seleção de Portugal Sub-16 entre 2005 e 2008. Sua primeira experiência em clubes profissionais foi no Queens Park Rangers, da Inglaterra, em 2008. O comandante também passou por Swansea (2009) e Leicester (2010) no futebol inglês. Antes de dirigir a Polônia, ele esteve à frente de equipes como Fiorentina, da Itália (2015), e Bordeaux, da França (2019).
Para sair da Polônia, que ainda sonha com um lugar na Copa do Mundo de 2022 através da repescagem europeia, Paulo Sousa decidiu arcar com uma multa de 320 mil euros, cerca de R$ 2 milhões, na cotação atual. O acerto foi feito entre o treinador e a federação do país, sem nenhum aporte financeiro do time carioca. Os poloneses prometiam jogo duro para liberar o comandante, mas acabaram cedendo com o pagamento do distrato. O comandante vê o Brasil como próximo passo ideal na carreira.
"Enquanto Conselho de Administração da Federação, nós decidimos, por unanimidade, rescindir o contrato com Paulo Sousa. Como parte do acordo, o ex-treinador pagará a indenização do PZPN (sigla da federação de futebol do país) de acordo com as expectativas da federação", escreveu Kulesza em uma rede social. Também pela internet, Paulo Sousa se despediu dos poloneses. “Quero dizer obrigado a cada um de vocês por esta experiência enriquecedora e honrosa”, publicou.