Corrida

Com final emocionante, etíope bate brasileiro nos últimos metros da São Silvestre

O etíope Belay Bezabh quebrou o jejum de títulos do país no masculino e a queniana Sandrafelis Chebet venceu no feminino

Agência Estado
postado em 31/12/2021 10:28 / atualizado em 31/12/2021 10:28
 (crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)
(crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Após um ano de ausência por causa da pandemia de covid-19, a Corrida Internacional de São Silvestre voltou a colorir as ruas de São Paulo no último dia do ano. No masculino, a vitória foi do etíope Belay Bezabh, quebrando o jejum de títulos do país. Já no feminino quem disparou e não tomou conhecimento das adversárias foi a queniana Sandrafelis Chebet.

Em sua 96ª edição, a prova foi realizada seguindo os protocolos sanitários e contou com cerca de 20 mil corredores, entre amadores e profissionais. Alguns usaram máscara facial, mas muitos optaram por não usar o equipamento de proteção. Em muitos trechos o asfalto estava molhado por causa da chuva que ocorrera horas antes.

A prova masculina começou com intensa disputa, com um grupo de brasileiros correndo em bloco e não deixando os representantes africanos disparar. Entre eles estavam Daniel do Nascimento e André Luiz Silva. Com 12 quilômetros de prova, Danielzinho mantinha a liderança, seguido pelo boliviano Héctor Flores e pelo etíope Belay Bezabh e pelo queniano Elisha Rotich, este um pouco mais atrás.

No início da subida da Brigadeiro, Danielzinho e Belay começaram lado a lado. Faltando mil metros, o etíope abriu uma pequena distância para conseguir cruzar a linha de chegada com um certo conforto, marcando 44min54s. Danielzinho chegou na segunda posição, pouco depois, seguido pelo boliviano Flores.

"Há dois anos, eu falei que ia evoluir muito. Agora eu consegui o segundo lugar na São Silvestre, e vamos continuar evoluindo. Quero agradecer a todo mundo que me apoiou. Eu iria vir ao Brasil para descansar, mas ganhei essa força dos fãs. É muito bom estar no pódio. Quando junta oportunidade com trabalho duro, dá certo", comentou o brasileiro de 23 anos, que recentemente fez a segunda melhor marca mais rápida da história de um brasileiro na maratona.

Na prova feminina, logo de cara as duas favoritas do continente africano dispararam e abriram larga vantagem em relação às suas adversárias. Em ritmo forte, Sandrafelis Chebet (Quênia) e Yenenesh Dinkesa (Etiópia) aceleraram pelas ruas de São Paulo. Com dois terços da prova, Sandrafelis de descolou da rival e não deu brecha para nenhuma outra rival, abrindo uma distância considerável.

Depois de 50min06s, a queniana cruzou a linha de chegada, festejando a vitória e repetindo seu resultado de 2018, quando também foi campeã. Na segunda posição chegou a etíope Yenenesh, com mais de um minuto de diferença, seguida pela brasileira Jenifer do Nascimento, que deu um sprint no final e ficou à frente de Valdilene dos Santos, que acabou em quarto lugar. A também brasileira Franciene Moura completou o pódio.

"Depois de tantos anos, temos três brasileiras no pódio. É um percurso duro, uma prova difícil, e graça a Deus no final deu tudo certo", festejou Jenifer, que estava esgotada após a linha de chegada.

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