A noite desta terça-feira (7/12) foi de gala e bastante glamour para o esporte brasileiro. Coroando o histórico ano olímpico do Brasil, com direito a melhor campanha da história do país nos Jogos de Tóquio-2020 (realizados em 2021 devido à pandemia de covid-19), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) prestou honrarias aos principais destaques do país durante o Prêmio Brasil Olimpico. A cerimônia, realizada no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju (SE), reconheceu o desempenho dos melhores esportivas tupiniquins no ano.
A glória máxima foi destinada à ginasta Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral, e ao canoísta Isaquias Queiroz, ouro na canoagem C-1 1.000m. Os dois medalhistas nos Jogos de Tóquio-2020 foram eleitos os esportistas do ano pelo COB. Rebeca ganhou a honraria pela primeira vez, enquanto Isaquias faturou o tetra pessoal do Prêmio Brasil Olímpico. A escolha dos vencedores foi feita por um colégio eleitoral formado por atletas, ex-atletas, dirigentes, jornalistas, patrocinadores e nomes ligados ao esporte.
“Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus. Esse momento esta sendo muito importante para mim. Esse ano realizei todos os meus sonhos e meus objetivos. O COB, o Flamengo (clube de Rebeca) e todos que foram presentes na minha vida. Está sendo muito incrível. Acreditar nos sonhos faz a diferença para o atleta. Esse prêmio não é só meu. Todos somos atletas do ano. Tenho muito orgulho da nossa história”, comemorou a ginasta.
Em meio a agradecimentos a seus técnicos (Jesús Morlán, falecido em 2018, e Lauro Pinda, atual treinador do canoísta), e equipe de apoio durante a preparação para Tóquio-2020, Isaquias, comemorou a nova conquista pessoal em meio às dificuldades impostas pela pandemia da covid-19. “Agradecer a todos do Brasil pelo carinho. Toda a Bahia. Muito obrigado pelo carinho. Por acreditarem no meu talento. Sou muito grato por representar o Flamengo também, não posso esquecer de citar. Espero poder chegar em Paris e poder ganhar mais medalhas para o Brasil.”
O prêmio Atleta da Torcida ficou nas mãos da jogadora de vôlei Fernanda Garay. A premiação é definida através do voto popular. Medalhista de prata com a Seleção Feminina de Vôlei, ela recebeu mais de 400 mil votos. “Além de representar minha modalidade, estou recebendo esse troféu. Toda essa galera votou porque achou que eu merecia. Então, tem um valor ainda mais especial. Isso só demonstra que o caminho foi traçado de forma correta e com muita dedicação”, agradeceu. Competidores de outras 51 modalidades olímpicas também receberam premiações individuais no evento promovido pelo COB.
Outras honrarias
Medalhista mais jovem da história do Brasil com a medalha de prata conquistada skate street feminino durante os Jogos de Tóquio-2020, Rayssa Leal também teve seu momento de brilho no Prêmio Brasil Olímpico. A fadinha ganhou o Prêmio Inspire, destinado para coroar a atleta com a mais bela trajetória da temporada. Ausente em Aracaju por compromissos profissionais, a maranhense agradeceu em vídeo. “Espero continuar inspirando outras pessoas a acreditar. Que possamos permitir que muitas mulheres possam praticar esporte e, assim como eu, ser uma atleta olímpica", destacou.
Os técnicos, responsáveis pela preparação dos atletas em busca das glórias olímpicas, também receberam reverências no Prêmio Brasil Olímpico. Neste ano, seis campeões ganharam a premiação de melhores técnicos: André Jardine, do futebol, Fernando Possenti, maratonas aquáticas, Francisco Porath, ginástica artística, Javier Torres, vela, Lauro Souza, canoagem, e Mateus Alves, boxe. “Compramos a missão com o coração e a alma. É bastante gente que trabalha para a gente conseguir chegar“, agradeceu Jardine.
Nordeste no topo
A realização do Prêmio Brasil Olímpico em Aracaju foi um reconhecimento à parte prestado pelo COB pela contribuição dos atletas nordestinos durante o ano. Em Tóquio-2020, os Jogos foram, literalmente, do Nordeste. A região responsável pelo maior número de medalhas para o Brasil: seis medalhas, sendo quatro ouros individuais com Ítalo Ferreira (surfe), Hebert Conceição (boxe), Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Isaquias Queiroz (canoagem).
O protagonismo dos esportistas da região nos Jogos também foi refletido em indicações ao Prêmio Brasil Olímpico. Dentre os seis nomes que concorreram à honraria de melhor esportista do ano (três na categoria masculina e três na feminina), cinco são oriundos de estados da região.
*O repórter viajou a convite do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.