O central Maurício Souza isentou o Minas por sua demissão após ter feito uma declaração homofóbica . Em nova postagem no Instagram , nesta quinta-feira, o jogador disse que a 'culpa é da turma da lacração' por ter pressionado os patrocinadores do clube.
"Estou passando para esclarecer uma coisa muito importante. Está saindo que o Minas me mandou embora, o Minas não teve culpa nenhuma nisso tudo. A culpa disso tudo foi da turma da lacração fazendo pressão em cima dos patrocinadores, que acarretou o patrocinador ameaçar o Minas de tirar o patrocínio, tanto do masculino quanto do feminino, e isso ficou insustentável", disse.
Segundo o atleta, os dirigentes da equipe fizeram o possível para mantê-lo. No entanto, com a ameaça da retirada dos patrocínios masters da Fiat e da Gerdau,
eles não conseguiram.
"O meu diretor Elói (Oliveira) e o meu presidente Ricardinho (Santiago) fizeram o máximo para me segurar na equipe. Fizeram o possível e o impossível. Infelizmente, o time não aguentaria perder tanto patrocínio assim, e aconteceu o que aconteceu. Mas eles são homens de verdade, e que eu respeito muito e admiro, está certo? Não foi culpa deles não."
Maurício já tinha ido às redes sociais para se desculpar. Antes de ser afastado pelo Minas, o central se manifestou no Twitter - que tinha poucos seguidores - e, no dia seguinte, no Instagram.
Postagem irônica
Maurício foi punido pelo Minas por criticar uma nova versão de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual. O jogador ironizou a escolha da empresa que desenha o personagem, a DC Comics.
"Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo... Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias. 'Ah, é só um desenho, não é nada demais'. Vai nessa que vai ver onde vamos parar", escreveu em seu Instagram, em 12 de outubro.
Na manhã desta quinta-feira, o jogador ironizou as críticas recebidas. Ele postou uma foto do Super-homem beijando a Mulher Maravilha, com a legenda 'bom dia'.
A demissão de Maurício Souza foi acelerada após manifestações da Fiat e da Gerdau, principais patrocinadoras da equipe de vôlei do Minas. O afastamento e o pedido de desculpas do jogador na terça-feira não bastaram para as empresas, que pediram ações mais efetivas.