Natação

Mestre em brilhar no JUBs: conheça a nadadora brasiliense Luiza Celidonio

Filha de pais nadadores, a atleta do DF está imersa nas piscinas desde os seis meses. O tempo e a dedicação ao esporte deram resultado: ela subiu no pódio de todas categorias que disputou nos Jogos Universitários de 2021

Luíza Celidonio é o nome das piscinas do quadradinho. A brasiliense de 20 anos vem fazendo história nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Com apenas duas participações, a atleta da natação conquistou duas pratas e dois bronzes. Na edição de 2018, faturou a primeira medalha prateada. O feito rendeu uma bolsa de estudos no Centro Universitário IESB. Neste ano, a nadadora subiu no pódio de todas as categorias nas quais competiu.

O envolvimento de Luíza com a natação está no DNA. Os pais da jovem nadadora brilharam nos Jogos Universitários. Helio e Mirian Celidonio representaram a Seleção Brasileira. Além disso, o pai conquistou o recorde master e a mãe, o do Sul-Americano. "Esse foi o nível de envolvimento deles, eram bons", resume a brasiliense. A irmã mais nova, Fernanda, seguiu os passos da família e atua no esporte.

Das primeiras braçadas ao pódio

Luíza Celidonio começou as aulas de natação bebê. Com seis meses, entrou na primeira escolinha e não saiu mais das piscinas. A nadadora passou pela Companhia Athletica e pelo Iate Clube de Brasília, antes de ir para o clube onde ficou mais tempo, a Asbac Brasília.

Na Asbac, a brasiliense formou uma equipe com os pais e a irmã. Eles chegaram ao clube em 2016 e saíram quando Luíza e Fernanda foram para Minas Gerais com a mãe. A mudança ocorreu para que as meninas tivessem a oportunidade de ter experiências em um local diferente do clima do planalto central. Naquela época, elas treinaram no Minas Tênis Clube.

Atualmente, Luíza treina no Iate Clube. Ela retornou no começo de 2020. A rotina é intensa. De segunda a sábado, dedica 2h30 à natação e faz musculação no início do dia. O resultado de tanto empenho e dedicação é visto nos torneios.

Luíza participou da primeira competição aos sete anos. Foram tantas, que não consegue mais mensurar a quantidade de torneios em que esteve. Na extensa lista, estão o Sul-Americano Escolar de 2015,em que foi vice-campeã; e o Mundial Escolar de 2017, no qual conquistou o bronze na categoria por equipes.

A brasiliense entrou em cena nos JUBs na edição de 2018. À época, com 17 anos, era caloura de publicidade e propaganda no IESB. Luíza competiu nas provas de peito, nas categorias 50m, 100m e 200m, Nesse último, faturou a prata. Com os resultados, a nadadora conseguiu a bolsa atleta, que é um programa de incentivo ao esporte do Governo Federal.

Nos Jogos deste ano, ela subiu no pódio das três categorias. Nos 50m e 100m, ficou com o bronze e manteve o título de vice-campeã nos 200m.

Quanto aos anseios no esporte, Luíza não projeta Olimpíadas ou uma carreira imersa nas piscinas. O foco da brasiliense é sempre melhorar as marcas a cada competição e permanecer na natação o máximo de tempo.

Ainda neste ano, a brasiliense tem dois compromissos. Participará do Campeonato Centro-Oeste, em novembro, e do Brasileiro, em dezembro.

A vida universitária

Luíza está no sétimo período da faculdade. A brasiliense ingressou no IESB no segundo semestre de 2018 e, provavelmente, vai se formar no meio do ano de 2022.

Com a proximidade do término da vida acadêmica, a atleta faz planos para a carreira de publicitária. O objetivo dela é sair de Brasília, ou até mesmo do Brasil, após a formatura, porque pretende trabalhar na área de marketing esportivo.

O interesse pela área teve forte influência da vivência pessoal na natação. Na graduação, Luíza começou a trilhar o caminho rumo à carreira no marketing esportivo, Recentemente, escreveu artigo para matéria da faculdade com um colega sobre como as mídias influenciam a aquisição de patrocínios de esportes não tão populares. A atleta pretende publicá-lo.

Luíza afirma que a prática do esporte de alto rendimento sem patrocínio é complicada e que é necessário dar visibilidade a outras modalidades para além do futebol. "A minha ideia é entrar nesse mercado para poder mudar um pouco a visão das pessoas em relação a isso. Não só para a natação, como para outros esportes”, planeja.


*Estagiária sob supervisão de Marcos Paulo Lima