VÔLEI

Deu Praia no cerrado

Equipe de Uberlândia supera o atual campeão Minas em um jogaço na capital e comemora o título do Sul-Americano com triunfo no tie-break. Troféu rende vaga no Mundial. Brasília termina torneio em terceiro

Maíra Nunes
postado em 26/10/2021 00:23
 (crédito: Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

Praia Clube e Minas chegaram invictos ao último jogo do Campeonato Sul-Americano feminino de clubes, ontem, no ginásio do Sesi, em Taguatinga. No duelo que marcou a terceira “final” entre os dois neste início de temporada, o Minas estava mordido pelas duas derrotas por surpreendentes 3 x 0, que valeram o título do Mineiro e da Supercopa. Longe de casa, a rivalidade voltou a dar o tom do confronto, que foi decidido apenas no tie break. Mas o time de Uberlândia foi novamente superior. A vitória por 3 sets a 2 (25/17, 21/25, 25/17, 19/25 e 15/7) garantiu mais um grito de campeão, além da vaga para o Mundial de Clubes.

Em defesa do título sul-americano, o Minas entrou em quadra vibrando muito e levou a torcida junto. O time comandado por Nicolas Negro até começou melhor, abrindo 8 x 5, mas sofreu a virada e viu o rival disparar ao encaixar a defesa e vencer o primeiro set com uma vantagem larga, por 25 x 17. O time de Belo Horizonte respirou e retomou a concentração na volta para o segundo set, dando de presente ao torcedor um jogo eletrizante.

Xodó de Brasília pelas duas temporadas em que atuou na equipe candanga, Macris chamou a torcida após o Minas vencer o rali que deixou o time novamente na frente, desta vez por 12 x 9. A levantadora passou a ouvir um estrondo das arquibancadas a cada boa jogada. O Minas voltava a fazer uma exibição digna do atual campeão da Superliga. Assim, venceu a parcial por 25 x 21, deixando tudo igual na partida.

Do outro lado não havia a dupla Macris e Carol Gattaz, que ajudou a Seleção a ganhar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas o Praia contava com um paredão formado pelas irmãs dominicanas Brayelin e Jineiry Martínez, além da central Carol, que também foi peça importante na campanha olímpica brasileira no Japão. Estrelas que se sobressaíram no passeio que foi o terceiro set para a equipe de Uberlândia na vitória por 25 x 21.

Quando o Praia abriu 8 x 3 no quarto set e o jogo parecia encaminhar para o fim, o técnico Nicolas Negro trocou as levantadoras: Pri Hélder entrou no lugar de Macris. A mudança surtiu efeito. O time empatou o jogo em 10 x 10 e despertou os torcedores ao virar em 12 x 11. Embalado, voltou a deixar tudo igual: 25 x 19.

No tie-break, a equipe de Belo Horizonte até começou embalada, mas foi a vez de o elenco comandado por Paulo Coco mostrar que a fase está realmente excelente para o Praia. Com destaque para a defesa e o bloqueio, o time de Uberlândia venceu por 15 x 7, levantando a terceira taça de campeão em duas semanas.

Antes, o Brasília Vôlei fechou a participação no torneio com vitória tranquila sobre o boliviano San Martín, por 3 sets a 0 (25/8, 25/13 e 25/13), em 1 hora e 16 minutos. “Priorizei os jogos contra Minas e Praia Clube e tivemos as outras duas partidas para rodar as jogadoras e, até mesmo, poupar algumas, porque estamos vindo de uma preparação física forte visando a Superliga”, comentou o técnico Rogério Portela, após terminar o Sul-Americano em terceiro com duas vitórias e duas derrotas.


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