O novo ciclo preparatório da Seleção feminina começou com clássico. As comandadas pela técnica Pia Sundhage enfrentaram a Argentina, na tarde desta sexta-feira (17/9), no Estádio Governador Ernani Sátiro, em Campina Grande (PB) e conseguiram um bom resultado. As brasileiras marcaram 3 x 1 em cima das hermanas no primeiro dos dois amistosos marcados contra as vizinhas.
O triunfo teve, ainda, um toque candango. No início do segundo tempo, a brasiliense Nycole marcou um gol que significou o ponto de virada da Seleção na partida. O Brasil encontrou dificuldades para criar jogadas mais imprevisíveis no primeiro tempo. Já nos últimos 45 minutos, a equipe de Pia mudou a postura e dominou as hermanas.
Muita marcação, pouca criação
A partida começou morna e o Brasil criou jogadas ofensivas mais pelas laterais do que pelo meio. A estratégia de ataque com Marta mais avançada foi colocada em ação durante a permanência da camisa 10 em campo.
Aos 18 minutos, um cruzamento de Bruninha pegou no braço de Aldana Cometti. A brasileira pediu pênalti, mas a árbitra mandou seguir. Na sequência, a argentina Vanina Preininger sofreu uma contusão e precisou deixar o campo.
A Seleção canarinho enfrentou dificuldades para criar jogadas durante a primeira parcial, principalmente porque as hermanas apertaram na marcação. O primeiro gol da partida veio aos 38 dos pés de Debinha. Ludmila arrancou pela direita, driblou a sua marcadora e cruzou para a meia abrir o placar da partida. A atacante ainda teve mais uma chance de marcar antes de ir para o intervalo, mas a goleira argentina defendeu a finalização da brasileira.
Domínio verde-amarelo
Pia fez três alterações para o início da segunda metade do jogo. Uma das mudanças foi a substituição de Marta pela brasiliense Nycole, autora do segundo gol. A atacante candanga entrou e marcou para o Brasil aos cinco. Bruninha deu passe longo para a camisa 16, que ficou cara a cara com o gol para ampliar.
A postura brasileira com a vantagem na etapa final deu ao jogo um ritmo diferente. A Seleção passou a dominar a partida, o que resultou no terceiro gol verde-amarelo. Aos 14, Debinha cobrou falta com chute em direção ao gol, Érika ajeitou para Angelina marcar totalmente livre.
As hermanas conseguiram penetrar na área brasileira somente aos 26, com uma cobrança de escanteio que a goleira do Brasil defendeu. Na sequência, Florencia Bonsegundo recebeu passe longo e entrou na grande área disparada para diminuir o placar. Após o susto, a Seleção voltou a dominar o jogo sem dar condição para a Argentina até o apito de Deborah Cecilia Cruz.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 3
Letícia Izidoro; Bruninha, Antônia, Érika e Tamires (Katrine); Duda (Thaís), Angelina, Kerolin e Debinha (Ary Borges); Marta (Nycole) e Ludmila (Geyse)
Técnica: Pia Sundhage
ARGENTINA 1
Vanina Correa; Julieta Cruz, Agustina Barroso, Eliana Stábile e Aldana Cometti; Romina Núñez, Yamila Rodríguez (Érica Lonigro), Florencia Bonsegundo, Vanina Preininger (Daiana Falfán) e Clarisa Huber (Fabiana Vallejos); Mariana Larroquette
Técnico: Germán Portanova
Local: Estádio Governador Ernani Sátiro (Campina Grande)
Gols: Debinha, aos 38 minutos do primeiro tempo, Nycole, aos 5, Angelina, aos 14 e Florencia Bonseungo, aos 27 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Duda
Público e renda: portões fechados
Árbitra: Deborah Cecilia Cruz (Brasil)
*Estagiária sob supervisão de Danilo Queiroz