A temporada de 2021 está sendo marcante para o futebol nordestino. Com gerenciamentos profissionais e trabalhos sólidos nos bastidores, Fortaleza, Ceará e Bahia fincaram os pés na elite do futebol brasileiro e ocupam o espaço deixado por gigantes como Botafogo, Cruzeiro e Vasco, que hoje buscam uma reestruturação na segunda divisão. Na semifinal da Copa do Brasil, após vencer o São Paulo por 3 x 1, e no G-4 do Brasileirão, o time tricolor é o principal destaque. Comandado por Juan Pablo Vojvoda, o Leão está prestes a superar a melhor campanha no turno de uma equipe do Nordeste na história dos pontos corridos.
“A bola não entra por acaso, os resultados esportivos são fruto de um trabalho duro, com investimentos na região e um povo que ama futebol. Nas últimas temporadas, conseguimos manter pelo menos quatro representantes na primeira divisão. Ainda existe uma longa trajetória para ser percorrida, mas mostra que estamos no caminho certo para uma consolidação”, resumiu Marcelo Paz, mandatário do Fortaleza.
Maior rival do Fortaleza, o Ceará está disputando a quarta temporada consecutiva na elite do futebol brasileiro. Com papel importante no acesso à Série A, em 2017, Marcelo Segurado, executivo de futebol, ressalta que a estrutura do alvinegro é um dos alicerces para o bom momento no cenário nacional. “Quando conheci o trabalho feito pela diretoria, vi existir um grande potencial para reconstrução. Conseguimos quebrar um longo tabu e devolver o time à primeira divisão. É um clube com uma das melhores estruturas que já trabalhei”, ressaltou.
Bicampeão brasileiro, o Bahia sofreu nos anos 2000 com o fraco desempenho técnico, culminando com uma passagem pela Série C, em 2005. Na última década, no entanto, o clube reverteu a condição e se tornou a principal referência do futebol nordestino, com participações em competições internacionais. Júnior Chávare assumiu a direção do futebol profissional em março deste ano. Em pouco tempo, conseguiu trabalhar o time de transição e conquistar a Copa do Nordeste. Para o dirigente, o alto nível técnico do regional ressalta a importância da competição para os times locais.
“É um torneio com uma exigência muito alta. É necessária uma preparação estratégica para chegar nas fases finais. No caso do Bahia, disputamos o Estadual com a equipe de transição e priorizamos o Nordestão no primeiro semestre. Foi uma das conquistas mais especiais da minha carreira, estou muito motivado para buscar coisas grandes com essa camisa”, resumiu Chávare.
A boa fase se estende a outros torneios. Na Série B, em todas as rodadas, houve uma agremiação da região entre os quatro primeiros colocados. Já na Série C, o Botafogo-PB lidera o Grupo B da competição. Nos torneios eliminatórios, Bahia e Ceará participaram da Copa do Sul-Americana, e o Fortaleza segue vivo na disputa pelo título da Copa do Brasil. Fora de campo, as marcas intensificaram as ativações comerciais para estreitar a relação com os torcedores. Patrocinadora de Bahia e Vitória, a Casa de Apostas criou diversos concursos para interagir com os fãs.
“Para uma boa relação com a torcida, os patrocinadores devem sempre buscar esse engajamento com ações comerciais. Com Bahia e Vitória, promovemos um concurso para escolher o desenho dos ônibus oficiais. Além disso, durante o Brasileirão, com o ‘Barril Dobrado’ e ‘Leão da Partida’, os aficionados decidem os melhores jogadores nos triunfos da dupla Ba-Vi, concorrendo a diversos prêmios em nossa plataforma”, contou Hans Schleier, diretor de marketing da empresa.
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