DESPEDIDA

Vai deixar saudade! Relembre melhores momentos das Paralimpíadas de Tóquio

Jogos terminam neste domingo (5/9), com resultados históricos para o Brasil e a melhor campanha brasileira em paralimpíadas

Thays Martins
postado em 05/09/2021 10:00
 (crédito: Yasuyoshi CHIBA / AFP)
(crédito: Yasuyoshi CHIBA / AFP)

Neste domingo (5/9) chegam ao fim as Paralimpíadas de Tóquio. O evento contou com a participação de  236 atletas brasileiros, sendo 163 homens e 96 mulheres, que fizeram bonito e garantiram o melhor resultado em paralimpíadas da história para o Brasil. Antes, a marca pertencia a Londres 2012. Esta também foi a maior delegação brasileira em uma paralimpíada no exterior. O Brasil só não teve representantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. 

Para não ficar com saudade, confira os melhores momentos dos jogos:  

Homenagem ao Afeganistão

As Paralimpíadas de Tóquio tiveram início em meio ao caos no Afeganistão com a retomada do Talibã ao poder. Milhares de pessoas estavam tentando sair do país em desespero e os atletas afegãos que participaram da competição não conseguiram ir para os jogos devido ao cancelamento dos voos comerciais. Em meio a tudo isso, o evento mundial fez uma homenagem emocionante na abertura dos jogos. A bandeira do país foi conduzida mesmo sem a presença dos dois paratletas que conquistaram vaga para o evento.

Brasil supera total de medalhas do Rio 2016 e Londres 2012

Com apenas oito dias de competição, o Brasil conseguiu superar o total de medalhas conquistadas nas Paralimpíadas do Rio, em 2016. Com o ouro conquistado pela pernambucana Maria Carolina Santiago nos 100m peito, o Brasil chegou a 15 medalhas douradas em Tóquio. No Rio, o país havia conquistado 14.

Maria Carolina Santiago
Maria Carolina Santiago (foto: CHARLY TRIBALLEAU AFP)

Mas Tóquio 2020 também trouxe outro marco. Esta foi a melhor campanha brasileira em Paralimpíadas. Neste sábado (4/9), o país superou as 21 medalhas douradas conquistadas em Londres, até então o melhor resultado. 

Despedida do ícone

O maior atleta paralímpico do Brasil se despediu das piscinas em Tóquio. Aos 33 anos, Daniel Dias é o maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas. São 27 em quatro edições. De Tóquio, ele se despede com três bronzes: 100m livre SS, 200m livre SS e revezamento 4X50 livre 20 pontos.

"Acabou, mas estou feliz! Só tenho que agradecer a Deus pelo dom que me deu. Agradecer minha família. ACada braçada é para eles. O papai está chegando em casa. Deus fez infinitamente mais do que pensei. Se eu escrevesse isso não seria tão perfeito como foi. Não é choro de tristeza. Estou muito feliz. Mas é uma vida dedicada a isso aqui", afirmou após o quarto lugar na última prova disputada.

Com direito a dancinha

A primeira participação do mineiro Gabriel Araújo em uma paralimpíada foi marcada por medalhas e também por muito dancinha. Com simpatia, o atleta ganhou dois ouros e uma prata na classe S2 (para atletas com deficiência física severa). No pódio, esbanjou alegria ao mostrar a ginga brasileira com samba. As medalhas foram dedicadas ao avô, que morreu recentemente. Gabrielzinho também foi responsável pela primeira medalha do Brasil em Tóquio.

Pedido de casamento

Paralimpíada tem esporte, mas também tem romance. Ao fim da bateria 4 das eliminatórias dos 200m T11 feminino, prova para deficientes visuais, no atletismo, a atleta do Cabo Verde Keula Nidreia Semedo foi pedida em casamento pelo próprio guia na pista do Estádio Nacional de Tóquio.


Atletas do Afeganistão chegam a Tóquio

Após não terem conseguido chegar para a abertura dos jogos, a atleta Zakia Khudadadi e o compatriota Hossain Rasouli foram evacuadas de Cabul com a ajuda de organizações internacionais e do governo da Austrália e chegaram em Tóquio para disputar o parataekwondo e o atletismo.

 Zakia
Zakia (foto: Philip FONG AFP)

Com isso, Zakia Khudadadi se tornou a segunda mulher a defender o Afeganistão nas Paralimpíadas. Ela competiu na categoria até 49kg do parataekwondo, modalidade estreante nas Paralimpíadas para pessoas com deficiência nos membros superiores. A Austrália também ofereceu visto humanitário aos dois atletas.

Histórico

O paulista Nathan Torquato conseguiu a medalha de ouro na categoria K44 até 61kg do parataekwondo na estreia do esporte nas Paralimpíadas.

100 ouros

Tóquio foi palco para o Brasil alcançar a marca histórica de 100 ouros em paralimpíadas. O feito foi do Yeltsin Jacques. Na noite de segunda-feira (30/8), Yeltsin, acompanhado do guia Bira, venceu os 1500m T11, classe para atletas cegos, com direito a recorde mundial.

podio Yeltsin
podio Yeltsin (foto: rogério capela CPB)


“Hoje de manhã o Bira me falou isso, e me deu motivação: "Ó, a gente tem chance de fazer história mais uma vez, centésimo ouro do Brasil na história das Paralimpíadas". Eu falei: "É por duas coisas. Primeiro, para subir o Brasil no quadro de medalhas; e segundo, é para construir essa história", disse em entrevista a SportTV.

Bolt das Paralimpíadas

Petrúcio Ferreira
Petrúcio Ferreira (foto: CPB)

Confirmando o favoritismo, o atleta mais rápido do atletismo paralímpico, o paraibano Petrúcio Ferreira, conquistou o ouro nos 100m da classe T47, para corredores com deficiências nos membros superiores, com direito a quebra de recorde. Com o feito, aos 24 anos, o atleta se tornou bicampeão.

De Brasília para Tóquio

Wendell Belarmino
Wendell Belarmino (foto: Miriam Jeske /CPB)

Os brasilienses fizeram bonito e representaram bem a capital em Tóquio. O brasiliense Wendell Belarmino conquistou três medalhas na natação:o bronze nos 100m borboleta classe S11, a prata no revezamento 4X100m livre VI - misto e o ouro no 50m livre S11.

No Goalball, o ouro inédito na modalidade veio com participação do brasiliense Leomon Moreno, que marcou três vezes.

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