Aos 35 anos, Givanildo Vieira de Sousa, o Hulk, inspira quatro jogadores convocados por Tite para os jogos do Brasil contra Chile, Argentina e Peru pelas Eliminatórias para a Copa do Qatar-2022. O paraibano de Campina Grande é ídolo de dois jovens conterrâneos: o centroavante Matheus Cunha e o goleiro Santos. O atacante do Atlético-MG também é uma espécie de super-herói para dois atacantes do Zenit São Petersburgo. O time russo que catapultou Hulk ao título da Copa das Confederações 2013 e ao quarto lugar no Mundial de 2014 virou casa de Malcom e Claudinho, dois dos medalhistas de ouro no bi verde-amarelo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Quatro paraibanos disputaram a Copa pela Seleção: Índio (1954), Júnior (1982 e 1986), Mazinho (1994) e Hulk (2014). Campeões olímpicos em Tóquio, os conterrâneos Matheus Cunha e Santos esperam igualar o feito do quarteto em 2022. Em entrevista ao Correio na zona mista virtual da CBF, o centroavante admitiu se inspirar em Hulk e até brincou com a presença maciça de representantes do estado nordestino.
“Hoje com o Hulk na Seleção é muito legal. Essa troca de experiência comigo e com o Santos que também está aqui. Três paraibanos juntos eu acho que é a primeira vez que isso acontece (risos). Sem dúvida, eu quero ser mais um paraibano numa disputa de Copa do Mundo. Isso é uma realização para mim e a minha Paraíba”, comentou Matheus Cunha. Autor do primeiro gol do Brasil na final olímpica contra a Espanha, o jogador de 22 anos foi comprado pelo Atlético de Madrid nesta janela de transferências por R$ 161 milhões.
Em resposta à reportagem, Hulk falou sobre a possibilidade de Cunha e Santos igualarem o feito dele no Catar. “Tudo é possível. Eu fico muito feliz quando vinculam meu nome com a Paraíba. Nós, nordestinos, sabemos o quanto é difícil ser paraibano e disputar a Copa do Mundo. Fico feliz por ter feito parte dessa história. Desejo sorte ao Cunha e ao Santos e que eles possam dar continuidade”, afirmou o atacante.
Hulk elevou o sarrafo na Paraíba e no Zenit. Autor de 77 gols em 148 jogos em quatro temporadas no clube de São Petersburgo, levou o time ao título do Campeonato Russo na temporada 2014/2015 com direito a artilharia isolada. Além disso, ganhou a Copa da Rússia em 2015/2016 e a Supercopa da Rússia em 2015.
Autor do gol do bi olímpico do Brasil em Tóquio, Malcom é testemunha da veneração ao atacante em São Petersburgo. “Tem até foto dele no aeroporto. Quando nós, brasileiros, chegamos no Zenit, temos o Hulk como referência. É um ídolo. Vamos pegar algumas dicas para realizar o mesmo feito dele. Trabalhar forte, fazer uma grande temporada e deixar para o Tite escolher (sobre a continuidade na Seleção)”, disse o atacante ao Correio.
Contratado pelo Zenit nesta janela de transferências por R$ 92 milhões, Claudinho não abre mão das dicas de Hulk. “Eu também conheci um pouco da história do Zenit e do Hulk quando chequei lá. Fiquei muito feliz de saber que teve um jogador do Zenit na Seleção em Copa. Como eu falei com o Malcom, a gente tem que conversar muito com ele, tirar os aprendizados, ver o que ele conseguiu fazer lá e agregar para disputarmos a Copa”, reforçou.
Hulk desejou sucesso aos candidatos a novo Hulk. “Que façam história no Zenit. É um clube que abriu a porta para mim, investiu em mim. Há pouco tempo, saiu uma lista, e fui eleito o melhor estrangeiro na história da liga russa. Que eles possam até me superar lá e levar alegria para a torcida”, comentou o atacante.