Vinte e três dias depois da derrota para a Argentina na decisão da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção masculina de vôlei desembarcou ontem, em Brasília, para o início do ciclo rumo a Paris-2024. O elenco convocado pelo técnico Renan Dal Zotto fez check-in por volta das 14h na capital, iniciou os trabalhos na academia e treinou ontem à noite no Ginásio Nilson Nelson, palco do Sul-Americano. O Brasil estreia amanhã contra o Peru, às 19h. Os adversários na sequência serão: Colômbia (quinta), Chile (sexta) e Argentina (domingo). A competição organizada pela Confederação Sul-Americana de Voleibol não permite acesso de torcida.
Estão em Brasília os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Alan e Aboubacar; os ponteiros Lucarelli, João Rafael, Vaccari e Adriano; os centrais Lucão, Isac, Flávio e Cledenilson, e os líberos Thales e Maique. As principais ausências em relação ao time que esteve no Japão são as de Leal, Douglas Souza e de Wallace, que anunciou o fim do ciclo dele na Seleção.
O Brasil defenderá em Brasília uma incrível hegemonia no torneio. A competição começou em 1951. Lá se vão 33 edições. O Brasil conquistou 32 títulos e a Argentina, um, em 1964, quando a Seleção não foi a Buenos Aires. A capital do país recebe o torneio pela primeira vez e tem de manter o tabu de o time verde-amarelo jamais ter perdido o título dentro de casa. As conquistas anteriores passaram pelo Rio, Porto Alegre, Santos, São Paulo, Curitiba, Cuiabá, Cabo Frio e Maceió.
Um dos mais animados com a primeira competição depois dos Jogos de Tóquio é o levantador Bruninho. “Rumo a Brasília pro Sul-Americano! Novos desafios, motivação dobrada. Que os desafios sejam o combustível para fazermos o melhor trabalho possível”, comentou nas redes sociais. “Simbora com sorriso no rosto no último compromisso do ano com a Seleção”, escreveu Lucarelli.
À espera da revanche olímpica contra a Argentina, o Brasil tentará o segundo título neste ano. O time conquistou a Liga das Nações contra os Estados Unidos antes dos Jogos de Tóquio. O ouro ficou com a França no Japão depois de superar o Comitê Olímpico Russo na decisão. O Brasil perdeu o bronze para a Argentina.
Apesar do veto à presença de público no ginásio, o Nilson Nelson passou por adaptações para receber o evento. Segundo a Secretaria de Esporte e Lazer, o montante empenhado, por meio de termo de fomento, no valor de R$ 1.304.070,86, cobre despesas como montagem de salas de suporte, apoio de equipes e atletas, estrutura, materiais diversos, ambientação do palco do evento e posto médico.
“Brasília é o palco perfeito para a realização de grandes competições esportivas. Está inclusa no calendário nacional e internacional de várias modalidades. Nossa cidade recebeu a Seleção Brasileira de voleibol sempre com sucesso de público. Desta vez, por questões de segurança, não haverá torcida nas arquibancadas, mas tenho certeza de que será, mais uma vez, um sucesso”, comentou a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira.
Adversário do Brasil na estreia, o Peru veio ao torneio com ambição. “O Peru veio competir. Temos que provar a nossa evolução contra Brasil e Argentina, que estiveram nos Jogos Olímpicos”, disse o oposto e capitão da seleção, Eduardo Romay, em entrevista ao site da Confederação Sul-Americana de Voleibol.
* Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
Tabela
1/9 - Amanhã
16h30 Argentina x Colômbia
19h Brasil x Peru
2/9 - Quinta-feira
16h30 Chile x Peru
19h Brasil x Colômbia
3/9 - Sexta-feira
16h30 Peru x Argentina
19h Brasil x Chile
4/9 - Sábado
10h Colômbia x Peru
13h Argentina x Chile
5/9 - Domingo
10h Brasil x Argentina
13h Colômbia x Chile