Natação paralímpica

Conheça os brasilienses que disputarão as Paralimpíadas de Tóquio-2020

Delegação do Brasil contará com 260 atletas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, que serão disputados de 24 de agosto a 5 de setembro

Para quem estava com saudade das madrugadas recheadas de atrativos esportivos, já pode preparar o despertador porque os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 estão próximos. A Cerimônia de Abertura do evento está marcada para a próxima terça-feira (24/8), a partir das 8 horas (horário de Brasília), no Estádio Nacional do Japão.

Brasília será representada por dez dos 260 atletas da delegação brasileira que disputarão os Jogos Paralímpicos de Tóquio, a partir de 24 de agosto. O número total de participantes do país inclui desportistas que atuam como guias, calheiros, goleiros e timoneiro.

Para adiantar a preparação da torcida, o Correio listou os competidores do Distrito Federal que entrarão em ação na capital japonesa. Veja abaixo:

 

Wendell Belarmino - natação

É uma das maiores promessas brasilienses de medalha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, edição que marca a estreia dele no evento, aos 23 anos. Nas duas primeiras grandes competições que disputou, Wendell conquistou seis medalhas (quatro de ouro e duas de prata) nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. E, depois, foi campeão mundial nos 50m livre e ganhou outras duas medalhas de prata nos 100m livre e no revezamento 4x100m livre 49 pontos no Mundial de Londres 2019. O nadador treina na Instituição Pro Brasil, no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB), e compete na classe S11 por causa de um glaucoma congênito. Ele já passou por dez transplantes de córneas, mas segue com uma perda de visão gradativa.

Nascimento: 20/05/1998, Brasília (DF)
Classe: S11
Instagram: @wendell_belarmino

 

Leomon Moreno - goalball

Bicampeão nos Jogos ParapanAmericanos (Lima 2019 e Toronto 2015) e bicampeão mundial (Malmö 2018 e Finlândia 2014), o brasiliense que já foi considerado o melhor jogador de goalball do mundo busca um ouro paralímpico inédito em Tóquio-2020. Leomon já tem no currículoas medalhas de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e de prata nos Jogos Paralímpicos Londres 2012. O jogador do Santos Futebol Clube perdeu a visão quando ainda era um bebê, por conta de uma retinose pigmentar, e conheceu a modalidade por meio dos irmãos, que já praticavam o esporte e possuem a mesma doença.

Nascimento: 21/08/1993, Brasília (DF)
Classe: B1
Posição: Ala
Instagram: @leomonmorenoficial

 

Katia Silva - goalball

Mineira de Unaí, Katia adotou Brasília como cidade em 2015. Foi na capital ederal que ela conheceu o goalball e, em janeiro de 2016, passou em uma peneira da Uniace para dedicar-se exclusivamente ao esporte. Como nem tudo são flores, ela chegou a pensar em desistir de seguir carreira como jogadora no fim de 2019, mas foi surpreendida com a primeira convocação para a Seleção Brasileira. A atleta do entro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião fará a estreia dela em Paralimpíadas.

Nascimento: 24/04/1995, Unaí (MG)
Classe: B1
Posição: Ala
Instagram: @katiasilva_aparecida

 

Jéssica Gomes - goalball

Também treina no Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião, mas já coleciona alguns títulos na carreira. É bicampeã nos Jogos ParapanAmericanos (Lima 2019 e Toronto 2015); medalhista de bronze no Mundial de Goalball Malmö 2018 e prata no Campeonato das Américas 2017, em São Paulo. De Brasília, ela nasceu com baixa visão por causa de uma catarata congênita hereditária. Aos 16 anos, viu uma apresentação da modalidade na escola e começou a praticar o esporte.

Nascimento: 22/07/1993, Brasília (DF)
Classe: B3
Posição: Ala
Instagram: @jessica_g_vitorino

 

Ana Gabriely Brito - goalball

Nasceu em Brasília com baixa visão devido ao albinismo, mas foi no Rio de Janeiro que conheceu o goalball, na aula de Educação Física do Instituto Benjamin Constant. Tornou-se jogadora de alto rendimento em 2014 e, dois anos depois, recebeu a primeira convocação para a Seleção Brasileira. Ana Gabriely é campeão ParapanAmericana, nos Jogos de Lima 2019, e foi medalhista de bronze no Mundial da modalidade, em Malmö 2018. Atualmente defende o time do Serviço Social da Indústria (Sesi SP).

Nascimento: 15/08/1990, Brasília (DF)
Classe: B3
Posição: Pivô
Instagram: @anagabrielybrito

 

Sérgio Fróes de Oliva - hipismo

Do Brasília Country Club, Sérgio disputa a quarta Paralimpíada em busca da terceira medalha na competição. Na Rio-2016, subiu ao pódio duas vezes para receber a medalha de bronze nas provas do individual e do estilo livre. Em 2019, ganhou um ouro e um bronze no Hartpury Festival of Dressage, na Inglaterra, e outros três bronzes no Torneio de Maio em Mannheim, na Alemanha. Resultados que apontam uma tragetória vitoriosa, que começou com o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata-2003. Sérgio teve paralisia cerebral por falta de oxigenação na incubadora e começou a praticar hipismo aos 7 anos, como forma de terapia. Experimentou outros esportes ainda até voltar, aos 13, depois que perdeu os movimentos do braço direito devido a um acidente com a vidraça de uma portaria.

Nascimento: 17/08/1982, Brasília (DF)
Classe: III
Instagram: @cavaleirosergiooliva

 

Jady Malavazzi - ciclismo

De Jandaia do Sul, no Paraná, a ciclista integra o Time Para Capital, de Brasília, e fez a preparação para as Paralimpíadas de Tóquio nas vias do Lago Norte. É medalhista de bronze na prova contrar relógio e na prova de estrada do Mundial de Ciclismo de Estrada de Maniago-2018, na Itália. Também tem no currículo uma medalha de prata na prova de estrada nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara-2011, no mesmo ano em que migrou do basquete em cadeira de rodas para o ciclismo. Jady perdeu o movimento das pernas aos 13 anos após um acidente de carro.

Nascimento: 07/09/1994, Jandaia do Sul (PR)
Classe: H3
Instagram: @jadymalavazzi

 

Ariosvaldo Fernandes da Silva (Parré) - atletismo

Natural de Campina Grande, na Paraíba, Parré, como é mais conhecido, disputa a quarta edição dos Jogos Paralímpicos da carreira aos 44 anos, em Tóquio. E chega com um currículo recheado. Em Jogos Parapan-Americanos são dez medalhas, sendo seis ouros e quatro pratas. Na última edição, em Lima-2019, conquistou o ouro nos 100m e nos 400m e a prata no revezamento 4x100m. Em mundiais, tem um bronze no campeonato disputado em Lyon, na França, em 2013. Ele conheceu o atletismo aos 17 anos, quando já morava em Planaltina-DF, porque mudou-se para a capital federal ainda criança para tratar da paralisia dos membros inferiores desenvolvida pela poliomelite que contraiu aos 18 meses de idade. Foi apresentado ao esporte paralímpico aos 17 anos pelo professor de Educação Física e praticou basquete em cadeira de rodas. O atleta até 2002, quando migrou para o atletismo.

Nascimento: 23/12/1976, Campina Grande (PB)
Classe: T53
Instagram: @parrebrazil

 

Rayane Soares - atletismo

Radicada em Brasília, Rayane nasceu em Caxias, no Maranhão, com baixa visão por conta de uma microftalmia bilateral congênita devido à má-formação nos globos oculares. Ela entrou no esporte paralímpico em 2015 e estreará nos Jogos Paralímpicos em Tóquio-2020. A brasileira chega na capital japonesa com fortes chances de pódio por ter sido campeã mundial nos 400m e medalhista de prata nos 200m também no Mundial de Dubai-2019. Ela também é prata nos 100m dos Jogos Parapan-Americanos de Lima-2019.

Nascimento: 20/01/1997, Caxias (MA)
Classe: T13
Instagram: @rayane_soares_silva

 

Wendel de Souza Silva - atleta-guia de atletismo

Ex-atleta, Wendel foi indicado paraacompanhar um atleta que estava sem guia nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, na Argentina, em 2013. Desde então, migrou para o cenário paralímpico atualmente é guia de Daniel Mendes.

Nascimento: 30/11/1991, Samambaia Sul (DF)
Instagram: @wendel_smbsul