O século 21 começou com o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, agitando o mundo da bola com seus galáticos. Ousado, juntou Ronaldo, Zidane, Luis Figo, David Beckham, Roberto Carlos e Michael Owen com camisa branca do clube merengue. No início da década passada, uniu Kaká, Cristiano Ronaldo e Benzema. A Era dos Supertimes está de volta na NBA, a liga norte-americana de basquete, e no Campeonato Francês, com a chegada de Lionel Messi.
O jogador eleito seis vezes melhor do mundo com a camisa do Barcelona assinou contrato com o Paris Saint-Germain. Aos 34 anos, jogará com o brasileiro Neymar, o francês Mbappé, o compatriota Di María, o espanhol Sergio Ramos e o italiano Donnarumma no Dream Team.
O acordo do camisa 30 — mesmo número usado por ele no início da carreira profissional no Barcelona em 2004/2005 e 2005/2006 — é de dois anos, com possibilidade de renovação por mais um. Estima-se que o salário seja de 35 milhões de euros (R$ 214 milhões) por temporada. Em tese, no mesmo patamar de Neymar, com quem conquistou oito títulos no Barcelona.
“Estou ansioso para começar um novo capítulo da minha carreira em Paris. O clube e a sua visão estão em perfeita harmonia com as minhas ambições. Conheço os talentosos jogadores e a comissão técnica. Estou determinado a construir, junto a eles, algo grande para o clube e os torcedores. Não vejo a hora de pisar no gramado do Parque dos Príncipes”, declarou Messi, em comunicado oficial do Paris Saint-Germain.
Fundado em 12 de agosto de 1970, o clube se deu de presente o melhor jogador do século 21. Amanhã, o PSG completará 51 anos. Bancado pelo dinheiro do Qatar Sports Investments (QSI), o time tem uma obsessão desde que passou a ser administrado pelo emirado localizado no Oriente Médio, sede da Copa do Mundo de 2022, e Messi chegou para realizá-la: conquistar a Champions League. Neymar e Mbappé bateram na trave nas últimas duas temporada. Perderam a decisão de 2020 para o Bayern de Munique e foram eliminados pelo Manchester City nas semifinais deste ano. Messi desembarca no clube com quatro conquistas do torneio nas edições de 2006. 2009, 2011 e 2015, ano em que ele e Neymar brindaram o Barcelona com o último título. À época, o argentina foi eleito melhor do mundo e o brasileiro ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Cristiano Ronaldo. Os três foram artilheiros daquela edição do torneio (10 gols).
Ao reunir Messi, Neymar, Mbappé, Sergio Ramos, Di María e Donnarumma, o PSG lembra investimentos pesados feitos por franquias da NBA na montagem de supertimes. O Los Angeles Lakers, por exemplo, reuniu recentemente LeBron James, Russel Westbrook e Anthony Davis. A trupe da Califórnia conta, ainda, com Dwight Howard e Anthony Carmelo. Os novos protagonistas do Show Time conquistaram o título da temporada 2019/2020.
Recentemente, o Brooklyn Nets abriu o cofre e montou uma supermáquina de jogar basquete. A franquia contratou Kyrie Irving, Kevin Durant, LaMarcus Aldridge, James Harden e Blake Griffin. Dos cinco, apenas um não ficou. Aldridge anunciou aposentadoria pouco depois de ser anunciado como reforço. Desistiu de fazer parte do time dos sonhos devido a um problema cardíado e oficializou a aposentadoria.
O Brooklyn Nets serve de exemplo para os novos tempos do Paris Saint-Germain. Juntou astros rapidamente, mas ficou sem título na última temporada devido a lesões e à falta de entrosamento. O timaço foi eliminado nas semifinais de conferência pelo atual campeão Milwaukee Bucks. Atuar em conjunto, como time, era o desafio dos galáticos do Real Madrid. Continuará sendo para os novos ricos Los Angeles Lakers, Brooklyn Nets e o badalado Paris Saint-Germain.