Beatriz Ferreira mostrou garra, foi valente e ficou com a medalha de prata na Kokugikan Arena. A pugilista baiana não conseguiu superar a irlandesa Kellie Anne Harrington, campeã mundial em 2018 e bronze na Rio-2016, pela final do peso leve e ficou com a 2ª colocação em Tóquio. Apesar do ouro não ter vindo, Bia mostrou muita força e personalidade durante toda sua trajetória na terra do sol nascente.
A medalha de prata de Beatriz Ferreira é a 8ª da história do Brasil no boxe olímpico. Antes dela, Servílio de Oliveira levou o bronze no México-1968, enquanto Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão garantiram o 3º lugar em Londres-2012, além da prata de Esquiva Falcão, também na terra da rainha. Na Rio-2016, Robert Conceição foi o campeão. Em Tóquio-2020, Abner Teixeira ficou com o bronze, enquanto Hebert Conceição foi ao lugar mais alto do pódio de forma emocionante.
Trajetória rumo ao pódio
No caminho até a conquista da prata, Bia Ferreira precisou encarar fortes adversárias. Nas oitavas de final, a pugilista brasileira enfrentou Shih-Yi Wu, de Taiwan, e avançou com tranquilidade às quartas. Posteriormente, lutou diante da uzbeque Raykhona Kodirova, vencendo novamente. No último passo antes da final, Beatriz despachou a irlandesa Johanna Potkonen.
Já na grande final, Beatriz Ferreira controlou as principais ações do primeiro round, conectando bons jabs e cruzados, garantindo a vitória por 3 x 2. No segundo assalto, a baiana tentou manter o ritmo agressivo, mas foi derrotada por cinco votos a zero. Para garantir o ouro, Bia precisaria voltar a encaixar bons golpes e convencer os juízes, mas o combate ficou truncado e a medalha foi decidida por voto dividido, que consagrou a irlandesa campeã olímpica.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima