TÓQUIO 2020

Hegemonia de ouro: EUA vencem a França e conquistam tetra olímpico no basquete

Sob a batuta de Durant, americanos vencem três de quatro quartos diante dos franceses e garantem mais uma medalha dourada. Título em Tóquio foi o 16º sexto em 20 edições do torneio olímpico

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, os Estados Unidos não chegaram com o mesmo brilho de outras edições. Mesmo assim, a mágica do Dream Team se sobressaiu e foi parar outra vez no topo do pódio. Na Saitama Super Arena, casa do basquete no Japão, os americanos fizeram valer a força da camisa e o conhecido talento coletivo para conquistar mais uma medalha de ouro. Na terceira decisão diante da França, os estadunidenses encontraram um rival aguerrido e que lutou até os últimos segundos, mas, liderados por Kevin Durant, venceram os europeus por 87 x 82 para conquistar o título.

A conquista reforçou a inapelável hegemonia americana em Jogos Olímpicos. A medalha de ouro em Tóquio-2020 foi a 16ª ao longo da história e a quarta de forma consecutiva. Esse foi o segundo tetracampeonato do Dream Team, repetindo o feito das edições de 1936, 1948, 1952 e 1956. Na ocasião, a sequência foi estendida com mais três conquistas, totalizando sete. Sem repetir o desempenho da estreia e da Copa do Mundo de Basquete de 2019, quando venceram os rivais, a França lutou, mas amargou a terceira prata em três finais contra os EUA.

Primeiro tempo

Os primeiros minutos do jogo na Saitama Super Arena foi amplamente favorável aos franceses. Com a mão calibrada, o time azul saiu em vantagem e se beneficiou de erros dos americanos. Nas cinco voltas iniciais do relógio, os americanos pouco foram efetivos e não acertaram nenhum dos arremessos de três tentados. Nesse ritmo, a França abriu 10 x 4 e forçou um pedido de tempo dos adversários. A parada fez bem, e o Dream Team rapidamente encostou e tomou a frente. Com Kevin Durant esquentando a mão, os estadunidenses colocaram 22 x 18.

Jogando a mil por hora, os Estados Unidos continuaram encaixando as tentativas em quadra e abriram vantagem frente aos franceses. No meio do segundo quarto, Durant havia anotado 19 pontos em quadra. Com a excelente atuação, o astro se tornou o primeiro jogador da história dos EUA a anotar pelo menos 100 pontos em três Olimpíadas seguidas. Com o desempenho, a vantagem americana chegou a ficar em 39 x 26. Mais organizada, a França conseguiu derrubar bolas em sequência e diminuiu a vantagem, indo para os vestiários com cinco pontos atrás.

 

Aris Messinis/AFP - Final olímpica do basquete entre Estados Unidos e França

Quartos finais

Inspiradíssimo na decisão de Tóquio-2020, KD7 seguiu fazendo grande diferença para o Dream Team para o terceiro quarto. Com espaço para jogadas em velocidades, os americanos voltaram a ter tranquilidade no jogo. Melhores de forma coletiva, os EUA aproveitaram erros da França para abrir frente confortável de mais 71 x 57. A desvantagem fez os franceses arriscarem bolas de três. Na volta final do cronômetro, a tática acabou dando certo resultado. Com dois acertos seguidos, os Blues colocaram 71 x 63 no placar e deixaram viva a esperança para os minutos finais.

O último quarto da final começou com a França trabalhando a marcação para segurar os EUA, principalmente investindo na marcação dupla em Durant. A tática deu certo e, de forma eficiente, os Bleus diminuíram a desvantagem para três pontos a cinco minutos do fim. A reação, porém, logo foi oprimida. Encaixando contra-ataques, os americanos voltaram a derrubar bolas e retomaram a gordura de dez. Aguerrida, a França seguiu acreditando e diminuindo a vantagem. O tempo, porém, foi insuficiente. Na liderança de Durant, os americanos controlaram o jogo e garantiram a medalha dourada.