Thiago Braz parece gostar de não ser apontado como favorito. Em 2016, conseguiu a melhor marca da vida no salto com vara (6,03m) para superar a estrela francesa Renaud Lavillenie e conquistar um ouro improvável, com apoio do público no Rio de Janeiro. Este ano, chegou a Tóquio entre os candidatos, mas sob muita desconfiança. E mais uma vez as deixou de lado para voltar ao pódio. Na manhã desta terça-feira (noite no Japão), o paulista de 27 anos ganhou a medalha de bronze com a marca de 5m87 no Estádio Olímpico.
Percalços até a medalha
No ciclo olímpico até o Japão, Braz viveu uma série de percalços. O campeão olímpico no Rio é o único dos 53 brasileiros do atletismo nesta edição dos Jogos sem clube. O atleta defendia o Pinheiros, mas foi demitido em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19.
"Não tenho clube, decidiram deste jeito e não posso fazer nada. É triste. Mas, não sei se esperaram o tempo das Olimpíadas, não sei o que aconteceu. Também fiquei bem chateado... é triste. Não vou criticar, mas foi triste", chegou a dizer Braz, depois da eliminatória em Tóquio.
O início do ciclo olímpico era promissor. O paulista nascido em Marília treinava na Itália com o técnico Ucraniano Vitaly Petrov. A ideia era chegar ao Japão com possibilidades de quebrar o recorde mundial da prova.
Porém, com saudades da família, Braz decidiu voltar ao Brasil para treinar com Elson Miranda. Há um ano e meio, depois da demissão do Pinheiros, retornou à Itália para completar o período preparatório para Tóquio novamente com Petrov.
Nos anos entre os Jogos do Rio de Janeiro e de Tóquio, Braz não conseguiu repetir a marca da final olímpica anterior. Mas, mesmo sob tantas desconfianças, brilhou no Japão e conquistou mais uma medalha.
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