Judô

No último dia de disputas individuais do judô, Brasil começa classificado às oitavas

Rafael Silva e Maria Suelen Altheman sobem ao tatame do Nippon Budokan para encerrar a participação brasileira nas competições por categorias

Embalado pela conquista do bronze de Mayra Aguiar, o judô brasileiro chega ao último dia de disputas individuais com esperanças de ir ao pódio novamente. Os nomes da vez são os experientes Rafael Silva e Maria Suelen Altheman, que desembarcam juntos para a terceira experiência olímpica. Os dois judocas não terão vida fácil em Budokan, mas iniciam sua trajetória já nas oitavas de final, o que aumenta as chances de medalha para o Brasil. Os trabalhos no Salão das Artes Marciais começam às 23h desta quinta-feira (29/7).

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Rafael Silva, o popular Baby, é o número sete do ranking mundial na categoria acima dos 100kg, e um dos principais nomes do judô brasileiro. Assim como a companheira de equipe Mayra Aguiar, Rafael conquistou dois bronzes nas últimas duas edições dos Jogos Olímpicos. E aos 34 anos, o gigante de mais de dois metros de altura vai em busca da terceira medalha consecutiva em Olimpíadas.

Mesmo sem lutar, Silva avançou uma fase e está garantido nas oitavas de final. Portanto, assistirá de camarote as lutas iniciais e a definição de seu primeiro adversário, que virá do confronto entre o polonês, Maciej Sarnacki e Ushangi Kokauri, do Cazaquistão.

Relembrando conquistas, Rafael Silva falou sobre o momento que viveu nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, além da expectativa para a disputa no Japão. “Os Jogos do Rio foram inesquecíveis porque eu estava competindo em casa, ao lado da torcida, mas espero que venha mais. Agora, em Tóquio, desejo reconstruir minha história olímpica”, declarou ao portal do E.C. Pinheiros.

Maria Suelen quer a primeira medalha

Chegando para sua terceira participação em Jogos Olímpicos, Maria Suelen Altheman, número cinco do mundo, também quer gravar o seu nome da história do judô brasileiro. O melhor resultado da paulista foi um 5º lugar em Londres 2012. Agora, estreando nas oitavas de final, ela tem um obstáculo a menos e se aproxima de, pelo menos, a disputa da repescagem pelo bronze. A primeira adversária de Altheman sai do combate entre a eslovena Anamari Velensek e a norte-americana Nina Cutro-Kelly.

Mesmo com toda a experiência em campeonatos internacionais, Maria Suelen conta que a classificação para os Jogos de Tóquio teve um sabor diferente. “Foi a mais emocionante de todas. A classificação também passou por um momento especial, a minha primeira vitória sobre Idalys Ortiz no Mundial de Budapeste. Até então, eram 16 duelos, todos com vitórias da cubana, durante 11 anos. Meu maior desafio agora, é a inédita medalha olímpica”, compartilhou à comunicação do Pinheiros.

A disputa do Mundial da Hungria é ainda mais especial para a judoca brasileira, pois resultou na conquista do bronze às vésperas das Olimpíadas de Tóquio, o que eleva ainda mais a moral na briga pelo primeiro pódio olímpico da carreira.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

 

Quadro de medalhas | Tóquio 2020
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