Depois de vencer a Arábia por 3 x 1 no início da manhã desta quarta-feira no Brasil, início de noite no Japão, e confirmar o primeiro lugar no Grupo D do torneio masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção já conhece o adversário nas quartas de final. O duelo de sábado, às 7h (de Brasilia), será o Egito, no Saitama Stadium, em Saitana. A partida está marcada para a mesma arena em que os comandados de André Jardine derrotaram os sauditas. Quem avançar pega Coreia do Sul ou México na semifinal. A outra chave ficou com os confrontos Espanha x Costa do Marfim e Coreia do Sul x México. Portanto, os favoritos Espanha e Brasil só podem se encontrar na decisão do ouro ou do bronze.
O Grupo C estava embolado. Espanha, Argentina, Austrália e Egito chegaram à última rodada com chance de classificação. Ouro em Barcelona-1992, a Espanha empatou com a bicampeã Argentina (Atenas-2004 e Pequim-2008), avançou em primeiro lugar e os mandou hermanos de volta para a casa. Os jogadores do Brasil, inclusive, permaneceram no Saitama Stadium para assistir ao jogo na arquibancada. Paralelamente, o Egito, que havia iniciado a última rodada na lanterna da chave, derrotava a Austrália por 2 x 0 e confirmava presença nas quartas de final.
A partida contra o Egito não é inédita na história dos Jogos Olímpicos. Os dois países se enfrentaram na edição de Londres-2012. O Brasil venceu por 3 x 2 na estreia do time de Mano Menezes naquela edição. Neste ciclo olímpico, a Seleção liderada por André Jardine perdeu amistoso para o Egito por 2 x 1, em novembro do ano passado, no Cairo.
O Brasil daquele amistoso era totalmente diferente. Dos jogadores levados a Tóquio, apenas Reinier e Matheus Henrique eram titulares. Portanto, agora, o grupo é outro.
Depois da partida desta quarta-feira, o técnico André Jardine falou sobre o duelo das quartas de final. Até então, ele não sabia quem seria o adversário, mas mas advertiu que qualquer um dos quatro representaria dificuldade para os atuais campeões olímpicos.
"Se a gente analisar as três partidas que fizemos na primeira fase, a gente percebe que a camisa por si só não joga", adverte o treinador. "As seleções com menos tradição fizeram jogos tão difíceis e duros quanto a Alemanha. Fizemos uma grande estreia, talvez a melhor atuação, no primeiro jogo, contra o time de mais tradição", ponderou.
Segundo ele, há um pré-requisito para o sucesso nas semifinais. "O segredo é o que a gente vem falando desde a primeira partida, respeitar todo mundo da mesma maneira, nos preparar demais, estudar o adversário em todos os seus detalhes e focar muito na gente, no nosso espírito, nossa maneira de jogar, e dar condição à equipe de se impor contra o adversário, independente de quem seja, que prevaleça a seleção brasileira, suas ideias e seus jogadores. Que respeite todo mundo, mas se imponha no jogo", comentou Jardine.