Judô - Tóquio 2020

Judô brasileiro vai em busca de novas medalhas no tatame de Budokan

A primeira conquista da modalidade em Tóquio veio no domingo (25/7), com o bronze de Daniel Cargnin. Na noite desta terça-feira (27/7), Rafael Macedo e Maria Portela chegam ao Salão das Artes Marciais para tentar recolocar o Brasil nas finais

O judô olímpico chega a sua segunda metade nesta terça-feira (27/7), a partir das 23h, com as disputas das categorias masculino até 90kg e feminino até 70kg. E assim como em três dos últimos quatro dias de competição, o Brasil seguirá com dois representantes, um em cada divisão. Rafael Macedo, número 19 do mundo, e Maria Portela, 10º colocada no ranking, são as esperanças de medalhas no Salão das Artes Marciais.

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Paulista de 26 anos, Rafael Macedo desembarcou em Tóquio para sua primeira experiência em Jogos Olímpicos. E desafio na estreia será diante de Islam Bozbayev, 30, do Cazaquistão, que chega para sua segunda Olimpíada. A primeira do número 19 do ranking mundial foi Londres 2012, quando saiu de mãos vazias. Mesmo encarando um adversário mais experiente, a expectativa é de um confronto extremamente equilibrado, com a luta sendo decidida nos mínimos detalhes.

Macedo começou sua trajetória no judô aos cinco anos de idade, quando ainda não sonhava que poderia disputar as competições mais importantes da modalidade. Em 2014, com apenas 19 anos, o brasileiro conquistou a medalha de ouro no Mundial Júnior e foi se consolidando ainda mais no cenário, disputando Pan-americanos, diversos Grand Slams, Grand Prix e Mundiais, até chegar nas Olimpíadas.

Além do ouro mundial, as outras duas principais conquistas de Rafael Macedo são a prata no Campeonato Pan-Americano Sênior e o bronze no Grand Slam de Ecaterimburgo, ambos em 2019.

Às vésperas de pisar do Salão das Artes Marciais do Japão, o judoca brasileiro mostrou confiança nos trabalhos que antecedem sua primeira luta. “Já estou me preparando muito bem, e vou dar meu máximo dentro do tatame. Agradeço e conto com a torcida e apoio de vocês!”, disse.

Maria Portela em mais um desafio olímpico

Experiente, aos 33 anos, Maria Portela chega para sua terceira participação em Jogos Olímpicos. A primeira foi em Londres 2012 e depois na Rio 2016. Mesmo assim, a brasileira não sabe o que é conquistar uma medalha no evento mais importante do esporte. Porém, as expectativas são boas. A estreia será contra Nigara Shaheen, representante da Equipe dos Refugiados. Número 10 do ranking mundial, Portela é favorita no confronto, pois a adversária de 28 anos não possui tanta experiência em competições internacionais e chega para sua estreia em Olimpíadas.

Nos campeonatos que antecederam os Jogos de Tóquio, Maria Portela conseguiu o ouro no Grand Slam de Tbilisi, a 5ª colocação no Grand Slam de Kazan e 7º lugar no Mundial da Hungria. Portanto, a gaúcha chega com pensamento positivo para sua estreia e uma possível sequência de lutas em Budokan.

A judoca brasileira diz estar confiante na preparação realizada e que não o foco está em conquistar a medalha de ouro. “Acordo todos os dias com a determinação de estar no pódio nos Jogos de Tóquio. Durante todo esse período pude reformular muitas coisas na minha vida e cada vez mais tenho a certeza e a tranquilidade que vou trilhar esse caminho. Darei o meu melhor em cima do tatame para voltar com a medalha”, garantiu.

Medalhas douradas de Maria Portela na carreira

Ouro: Grand Slam de Tbilisi 2021, Grand Slam de Ecaterimburgo 2018, World Masters St Petersburgo 2017, Grand Slam de Moscou 2012, Campeonato Pan-Americano 2012, Jogos Mundiais Militares 2011 (individual e equipe), Mundial Militar 2013 (individual e equipe)

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

 

Quadro de medalhas | Tóquio 2020
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