A articulação do Flamengo para receber torcedores no Estádio Nacional Mané Garrincha diante do Defensa y Justicia, na partida de volta das oitavas de final da Libertadores, na próxima semana, também mobilizou clubes do futebol candango. Na manhã desta quarta-feira (14/7), o Gama publicou uma nota oficial fazendo coro pelo retorno de público nas arenas esportivas do Distrito Federal.
No comunicado oficial, o alviverde foi categórico. “Estamos sem estádio - o Bezerrão está cedido para um hospital de campanha - e sem torcida! Futebol de Brasília precisa de mais apoio”, diz parte do texto assinado pela assessoria de comunicação gamense. “Com o avanço da vacinação e a diminuição no número de casos e mortes por covid-19, a maioria dos times quer o retorno do torcedor a partir de agosto. A presença da torcida significa mais receitas para os combalidos cofres de clubes de todas as divisões”, seguiu o clube.
O Distrito Federal está próximo de ser a primeira unidade da federação a liberar a volta do público aos estádios. De forma exclusiva, o blog Drible de Corpo, do Correio, apurou que o processo para liberação da presença de 25% de torcedores (17.500 das cadeiras, no caso do Mané Garrincha) foi discutido, está pronto, encaminhado à Casa Civil e aguarda apenas assinatura do governador em exercício, Paco Britto, para publicação no Diário Oficial. O chefe do executivo local, Ibaneis Rocha, está em férias, mas deu aval.
Recentemente, o Gama fechou uma parceria para utilizar o mesmo Mané Garrincha na Série D do Campeonato Brasileiro. O clube tem, ao menos, os próximos quatro jogos como mandante marcados para o principal estádio da capital federal. “O clube vem se reestruturando financeiramente com novos parceiros e patrocinadores, mas sem a presença da torcida, a missão não é fácil”, argumenta.
Além da tentativa do Flamengo de atuar diante de sua torcida no Distrito Federal, o Gama também usou como justificativa para o pedido o fato de a final da Copa América ter sido disputada com ocupação de 10% da capacidade de público do Maracanã, no último sábado (11/7). “Na Eurocopa, a final teve 75% do estádio liberado para o público, em sua maioria vacinado e todos testados”, citou.
Presente no palco carioca, a reportagem do Correio flagrou alguns focos de aglomeração de torcedores fora do estádio. Nas arquibancadas, poucos presentes respeitaram o distanciamento exigido para ocupação dos estádios. No dia da final, a Conmebol também informou ter flagrado um alto índice de falsificação de testes PCR. O resultado negativo era obrigatório para acesso ao jogo.
Na Libertadores, a intenção do Flamengo é liberar o acesso apenas de torcedores que concluíram o processo de vacinação, ou seja, receberam as duas doses dos imunizantes (ou a aplicação única, no caso da Janssen). Grávidas e menores de 18 anos não poderiam comprar as entradas. Os lugares seriam marcados e a entrada por meio de ingresso digital, com QR Code. Para transferir o jogo do Rio de Janeiro para o Distrito Federal, o rubro-negro precisa da anuência da Conmebol e do time argentino.
Veja a nota na íntegra
QUEREMOS TORCIDA NOS ESTÁDIOS JÁ
A pandemia do novo coronavírus afastou milhares de torcedores dos estádios de futebol. Os estádios não podem receber público desde março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus se agravou pelo Brasil. De lá para cá já se passaram mais de um ano e os clubes lamentam a falta de receitas de bilheteria, uma das mais importantes fontes de renda.
Assim como o setor do comércio por todo o Distrito Federal, o esporte também anseia por mais apoio por parte dos órgãos públicos. Atualmente, o time do Gama está sem estádio devido à montagem do hospital de campanha no Estádio Bezerrão, sem aviso prévio, gerando um efeito colateral no planejamento e deixando o clube sem um campo de bom nível para jogos oficiais.
Recentemente, o clube também ficou sem o Mané Garrincha, cedido para a Copa América. Depois de muita negociação o clube conseguiu fechar parceria com a gestão do estádio Mané Garrincha para jogar as partidas restantes do campeonato Brasileiro serie D. O clube vem se reestruturando financeiramente com novos parceiros e patrocinadores, mas sem a presença da torcida, a missão não é fácil.
A questão acerca de um possível retorno das torcidas nos estádios vem sendo amplamente debatida desde o ano passado, quando o Ministério da Saúde chegou a aprovar um estudo da Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) que possibilitaria a volta do torcedor aos estádios e arenas de futebol em meio à pandemia de Covid-19. Organizadora do Campeonato Brasileiro, a entidade recebeu o aval do órgão do governo federal, desta forma o processo ficou sob análise de quando e como o plano entrará em ação.
No projeto foi debatido a criação de um protocolo para o retorno gradual do público aos estádios. Importante: o plano é a médio prazo, isso significaria uma reabertura dos portões com pelo menos 30% da capacidade total dos estádios e respeitando as medidas de segurança, como o uso de máscaras e distanciamento social.
No último sábado, a final da Copa América recebeu público de 10% da capacidade do estádio. Na Eurocopa, a final teve 75% do estádio liberado para o público, em sua maioria vacinado e todos testados.
A Commebol anunciou que quer também o retorno gradual do público nos jogos da Libertadores e da Sul-Americana, com pessoas vacinadas e com resultados negativos para covid-19 nas últimas 48 horas, desde que as autoridades locais autorizem.
O Flamengo demonstrou interesse em realizar seus próximos jogos da Libertadores no Mané Garrincha, com público, e o governo do Distrito Federal já se movimenta para ser a primeira unidade da federação a tomar a decisão de liberar público reduzido nos estádios, como foi noticiado pelo Correio Braziliense.
Com o avanço da vacinação e a diminuição no número de casos e mortes por Covid-19, a maioria dos times quer o retorno do torcedor a partir de agosto. A presença da torcida significa mais receitas para os combalidos cofres de clubes de todas as divisões.
O Gama vem trabalhando em busca de parcerias e patrocínios para sanar os problemas causados pela pandemia, mas carece de mais atenção do governo para o futebol local.
“Estamos sem estádio e sem torcida! Futebol de Brasília precisa de mais apoio”.
Ascom /S.E.Gama