Rio de Janeiro — O Flamengo viveu uma noite de recomeço, ontem, no Maracanã. De volta ao palco carioca após 18 dias, tempo em que a arena esteve disponibilizada para a Conmebol organizar a final da Copa América, o time rubro-negro recebeu a Chapecoense na primeira partida após a demissão do técnico Rogério Ceni. Sob o comando de Maurício Souza, auxiliar, e os olhares atentos de Renato Gaúcho, o novo comandante, o time mostrou deficiências, mas venceu: 2 x 1.
Nas tribunas do Maracanã, Renato Gaúcho acompanhou a partida ao lado do presidente, Rodolfo Landim, e do vice de futebol, Marcos Braz. Antes de a bola rolar, passou nos vestiários para cumprimentar os novos comandados. Oficialmente, a apresentação e o início dos trabalhos à frente do Flamengo será hoje. Do camarote reservado, esboçou reações acaloradas apenas nos momentos dos gols do uruguaio Arrascaete e de Michael.
Renato viu o Flamengo expor o desafio em uma apresentação com muitas semelhanças aos últimos atos de Ceni. Diante de um adversário tecnicamente inferior, o rubro-negro dominou, mas encontrou dificuldades de finalizar.
No primeiro tempo, a ameaça veio apenas em chutes de Thiago Maia e Pedro. Pouco para um time menos desfigurado. Dos convocados para a Copa América, não teve apenas Gabi, punido pela diretoria com suspensão de um jogo por não cumprir ordens de reapresentação após jogar pelo Brasil nas Eliminatórias.
Na defesa, o rubro-negro ficou suscetível às investidas em velocidade dos catarinenses e precisou de diversas intervenções de Diego Alves, uma delas no primeiro tempo. “Eles estão muito atrás. A gente tem que caprichar um pouquinho mais”, avaliou Everton Ribeiro. O time seguiu as ordens do capitão.
No segundo tempo, o Flamengo modificou a estrutura do ataque com a entrada de Michael. Gustavo Henrique, Pedro, Arrascaeta, Michael e Thiago Maia protagonizaram fuzilamento, mas Chapecoense marcou. Busanello cobrou falta e Diego Alves largou nos pés Perotti.
O susto amplificou o abafa. Aos 32, a bola espirrou e Arrascaeta empatou de fora da área. Com 34, Michael marcou um golaço. Após receber de Pedro, ele passou por três marcadores, driblou o goleiro e empurrou para a rede vazia. “O gol dá confiança. Venho trabalhando bastante. É um gol de DVD , como os de Renato”, brincou Michael.