O Distrito Federal segue muito bem representado nos Jogos de Tóquio. Cria da Ceilândia, Ketleyn Quadros retornou ao tatame olímpico depois de 13 anos. Em sua primeira participação na terra do sol nascente, a judoca superou a mongol Gankhaich Bold, e agora está a um passo de chegar a mais um pódio em Olimpíadas.
Considerada uma das favoritas na categoria até 63kg, Ketleyn iniciou o embate da melhor maneira possível: forçou o contato e segurou firme no quimono da adversária. No entanto, Gankhaich Bold não caiu na estratégia verde-amarela e dificultou a luta. Nos instantes seguintes, por falta de combatividade, as duas atletas receberam uma punição.
O tempo normal estava se esgotando e o ritmo da luta foi caindo, mas a brasileira mostrou que não queria decidir a classificação no golden score, o tempo extra. Para isso, ela precisou tomar as rédeas do embate, até conseguir aplicar um waza-ari e tomar a frente no placar. O ponto, porém, só foi validado através da assistência do vídeo. Confiante e com a vantagem, a brasiliense encaixou mais um waza-ari e carimbou a vaga entre as oito melhores da disputa.
O próximo desafio de Ketleyn Quadros será diante da canadense Catherine Beauchemin-Pinard, 7ª colocada no ranking mundial. Caso perca, a judoca brasileira terá o direito de disputar a repescagem e brigar pelo bronze. As duas já estiveram frente a frente em duas oportunidades, com uma vitória para cada lado. A luta decisiva está prevista para às 1h36.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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