Após o Brasil passar em branco na natação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Fernando Scheffer escreveu o primeiro capítulo da volta por cima da modalidade brasileira nos Jogos de Tóquio-2020. Na raia 8, o gaúcho de 23 anos surpreendeu ao conquistar a medalha de bronze nos 200m livres (1min44s66), no Centro Aquático de Tóquio, na noite desta segunda-feira (26/7). A Grã-Bretanha completou o pódio, com o ouro para Tom Dean (1min44s22) e a prata para Duncan Scott (1min44s26).
Scheffer chegou à final dos 200m livres após fazer o oitavo melhor tempo da semifinal, garantindo a última vaga na decisão, com 1min45s71. A marca foi pior do que o 1min45s05 feito pelo brasileiro na eliminatória. Ainda assim, foi suficiente para garantir a primeira final olímpica dele. Na decisão, o gaúcho de Canoas tratou de fazer história na mesma prova que Gustavo Borges se consagrou nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996.
Scheffer sobe ao pódio olímpico 25 anos depois da medalha de para de Gustavo Borges, que terminou entre os três melhores nadando também em uma raia da borda, dedicada aos competidores que se classificam com os últimos tempos na fase anterior. No caso de Gustavo Borges, os 200m livres foram nadados na raia 1.
Com o pódio de Scheffer na natação, o Brasil chega à quarta medalha nas Olimpíadas de Tóquio. O país soma duas pratas, com Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, no skate; e dois bronzes, com Daniel Cargnin, no judô (até 66kg), além do próprio Scheffer.
Nome de medalhista olímpico
Desde que começou a competir na natação, o gaúcho acostumou-se a ter o nome confundido pelo do ex-velocista Fernando Scherer, o Xuxa. Agora, com o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Fernando Scheffer, com "F", começa a se aproximar das façanhas do ídolo da natação brasileira da década de 1990, que conquistou duas medalhas olímpicas de bronze para o Brasil (nos 50m livre em Atlanta 1996 e no 4x100m livre em Sydney 2000).
Com a estreia em Olimpíadas do Fernando, o Scheffer, já subindo ao pódio, as confusões tendem a diminuir. Não que seja um problema para o jovem nadador. Afinal, ele dizia que era um orgulho ser confundido com o Xuxa. Mas a trajetória em busca do próprio lugar ao sol não começou hoje.
Sheffer integrou a Seleção Brasileira de natação pela primeira vez em 2016, no Campeonato Mundial em piscina curta (25m), na cidade canadense de Windsor. Desde 2018, passou a ser presença frequente nos principais campeonatos. Em 2019, competiu no Campeonato Mundial de Gwangju e foi campeão nas provas dos 200m livre e no revezamento do 4x200m livre nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
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