Caso Caboclo

Defesa alega Caboclo "mal interpretado" e comentários "deselegantes"

Segundo os advogados, o cartola não cometeu nenhum tipo de assédio sexual e moral contra uma funcionária da CBF. À Comissão de Ética, defesa diz que o presidente afastado se expressou "em tom acima do que se poderia esperar"

Victor Parrini*
postado em 13/07/2021 19:28 / atualizado em 13/07/2021 19:31
 (crédito: Lucas Figueiredo/CBF)
(crédito: Lucas Figueiredo/CBF)

O escândalo de assédio sexual e moral envolvendo Rogério Caboclo está longe de um desfecho. No documento de defesa do caso entregue à Comissão de Ética da CBF na última quarta-feira (7/7), os advogados do cartola alegam que ele foi “mal interpretado” e que a vítima tinha "total controle da situação". A informação é do portal UOL Esporte.

Apesar das gravações publicadas em rede nacional pela TV Globo, onde Caboclo chegou a perguntar se a vítima se "masturbava", a defesa insiste que não houve violação alguma. Contudo, os advogados enxergam que o dirigente tenha se exaltado e falado "em tom acima do que se poderia esperar", e que os comentários feitos por ele foram “deselegantes”. A funcionária da CBF também informou que em outra oportunidade, o mandatário a ofereceu biscoitos de cachorro e a chamou de "cadelinha".

Os advogados do presidente afastado dizem que as gravações foram tiradas de contexto, levando a "contribuir para a exagerada repercussão do episódio". A defesa informou, ainda, que a funcionária da CBF mantinha o “total controle da situação" durante as gravações das conversas com o cartola.

Utilizando os recursos que dispõe, na última quinta-feira (8/7), Rogério Caboclo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para retornar ao comando da entidade máxima do futebol brasileiro. Conforme informado pela assessoria do dirigente, os advogados enxergaram “vícios e nulidades na condução do processo pela Comissão de Ética”.

O presidente do STJD, Otávio Noronha, e sua cúpula ainda não divulgaram a decisão a respeito do pedido de retorno à cadeira da CBF. O caso ainda segue em investigação, assim como Rogério Caboclo segue afastado do comando do futebol brasileiro.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima 

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