A história centenária da Seleção Brasileira tem pelo menos três parcerias imbatíveis. Pelé e Garrincha jamais perderam atuando 30 vezes lado a lado. Ronaldo e Romário também não em 17 jogos. Bebeto e Romário muito menos em 22 exibições na principal. Só perderam na decisão do ouro olímpico de Seul-1988. Protótipo de uma dupla de ataque promissora nesta Copa América, nas Eliminatórias e na Copa do Qatar-2022, Gabigol e Neymar devem formar par com a amarelinha pela 11ª vez, hoje, às 21h, no estádio Nilton Santos, no Rio, contra o Peru, pela segunda rodada da fase de grupos. Com eles no time A ou olímpico, são seis vitórias e quatro empates.
Neymar é a referência do futebol brasileiro na Europa. Um dos quatro jogadores mais badalados do mundo ao lado de Messi, Cristiano Ronaldo e de Mbappé. Gabigol é o número 1 em atividade no país. Foi eleito Rei da América ao brindar o Flamengo com o bi na Libertadores em 2019.
É cedo para afirmar que eles podem encerrar a carência da Seleção de duplas de ataque históricas como as formadas por Müller e Careca nas Copas de 1986 e 1990; Bebeto e Romário em 1994; Bebeto e Ronaldo (1998) ou Ronaldo e Rivaldo (2002). Mas ambos estão no ponto de fusão e Tite, aos poucos, admite isso.
Neymar e Gabigol formavam quarteto com Gabriel Jesus e Luan na campanha do inédito ouro olimpíco nos Jogos do Rio-2016. Cinco anos depois, o quadrado mágico pode virar trio com Jesus, ou uma baita dupla, mesmo.
A versão “GabiNey” tá on. Em 10 jogos, seis vitórias e quatro empates. O aproveitamento da Seleção com eles em campo é de 73,3%. O Brasil fez 20 gols com ambos nas quatro linhas, sendo 7 de Neymar e 3 de Gabigol. Parça, o craque do PSG deu seis assistências, uma delas para Gabigol na vitória de domingo contra a Venezuela. Gabigol ainda deve um mimo para o ídolo Neymar.
Na entrevista coletiva de ontem, Tite não quis anunciar a escalação para o duelo de hoje contra o Peru por um motivo simples: o adversário é recorrente na Era Tite. São cinco confrontos com o time de Ricardo Gareca, entre eles, a final da última Copa América, no Maracanã. “Tem nos enfrentado muitas vezes. Está há mais tempo que nós mesmos. Tem seis, sete anos, tem domínio muito grande. Ele pode saber a característica do nosso time”.
FASE DE GRUPOS
2ª Rodada
Hoje
18h - Colômbia x Venezuela
21h - Brasil x Peru
Amanhã
18h - Chile x Bolívia
21h - Argentina x Uruguai