Considerada uma Copa do Mundo sem Brasil, Argentina e Uruguai, a Eurocopa pede passagem. A 16ª edição torneio de seleções do Velho Continente começa neste fim de semana com 24 bandeiras lutando pelo título europeu. Apesar de a camisa verde e amarela não estar envolvida na disputa - a Seleção participará da Copa América no mesmo período -, os brasileiros vão marcar presença no torneio. Ao todo, sete jogadores naturalizados atuarão por cinco equipes diferentes. O número fará da Eurocopa 2021 a mais tupiniquim de todas as edições.
Com três nomes, a Itália será o time mais "verde e amarelo". Na história, dois atletas nascidos no Brasil ganharam a taça: Marcos Senna com a Espanha, em 2008, e Pepe com Portugal, em 2016. Na contramão de outros anos, a disputa de 2020 - adiada em um ano devido à pandemia de covid-19 - será continental e ocorrerá em 11 países simultaneamente. A medida foi adotada em comemoração aos 60 anos do torneio. Campeão em 2016, Portugal defenderá o título. A final está marcada para 11 de julho no Estádio de Wembley, em Londres.
O Correio mostra, a seguir, quem são brasileiros da atual edição e quais países eles representarão em busca da hegemonia continental.
Itália
Campeã da Euro em 1968, entre as 24 seleções que disputarão o torneio, a Itália é a que conta com o maior número de brasileiros no elenco: três no total. Natural de Imbituba, Santa Catarina, o meia Jorginho, atual campeão da Champions League pelo Chelsea, está no país desde 2007, quando iniciou a carreira nas categorias de base do Hellas Verona. A Azzurra também conta com o zagueiro Rafael Tolói, ex-São Paulo, e o lateral cria do Santos e atual Chelsea, Emerson Palmieri, que ajudarão na busca pelo bicampeonato europeu.
Portugal
Portugal não pode ficar fora da lista. Isso porque, a liga portuguesa é uma das que mais abrigam brasileiros em toda a Europa. Mas, na seleção nacional, apenas um brasileiro faz parte do elenco: Pepe. O experiente zagueiro defende as cores vermelha e verde desde 2007, e soma participações em três Copas do Mundo e Eurocopas. Destaque para a edição de 2016 do torneio continental, quando sagrou-se campeão e foi eleito o melhor em campo na final diante da dona da casa, França.
Ucrânia
Com passagens por Coritiba e São Paulo, o meio-campista Marlos, do Shakhtar Donetsk, está na Ucrânia desde a temporada 2011/12. Em 2017, o brasileiro recebeu a cidadania ucraniana e foi convocado a defender a seleção do país. A disputa da Eurocopa será a primeira grande competição com a Ucrânia.
Rússia
Natural de São Caetano do Sul, Mário Fernandes defende o CSKA Moscou desde 2012. Muito por isso, adquiriu a cidadania russa, e em 2017 começou a ser convocado para defender a Seleção da Rússia. Em 2018, foi anfitrião na Copa do Mundo realizada no país. Agora, o lateral terá a oportunidade de defender a equipe nacional em mais um torneio de seleções.
Espanha
O meia Thiago Alcântara, filho do tetracampeão Mazinho, nasceu na Itália, mas possui a cidadania brasileira. No entanto, atua pela Espanha. Iniciou sua trajetória nas categorias de base do Flamengo, passou pelas divisões do Barcelona, até chegar ao time principal. Aos 30 anos, possui um vasto currículo, com passagens vitoriosas pelo Barça e Bayern de Munique. Atualmente, está no Liverpool. Pela Fúria, já disputou Copa do Mundo e a Eurocopa de 2016.
*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz