O lendário craque argentino Diego Armando Maradona foi “abandonado à própria sorte” pela equipe de saúde que o atendeu nos dias anteriores à sua morte, em 25 de novembro de 2020, com um “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”, segundo um relatório.
A junta médica que investiga a pedido da justiça as causas da morte determinou em um documento de 70 páginas que Maradona “começou a morrer pelo menos 12 horas antes” do momento em que foi encontrado sem vida em seu leito e sofreu um “prolongado período de agonia”.
O relatório foi elaborado por uma comissão interdisciplinar de 20 peritos convocada pela Procuradoria-Geral de San Isidro, na periferia de Buenos Aires, que busca determinar se a morte de Maradona pode ter ocorrido por abandono de pessoa ou homicídio culposo (involuntário).
O ídolo argentino morreu no dia 25 de novembro, aos 60 anos, sozinho em sua cama em uma casa alugada em um bairro privado ao norte de Buenos Aires, onde se recuperava após uma operação de um hematoma na cabeça, e onde ele supostamente estava com internação domiciliar.
O relatório da junta médica conclui que o craque “teria mais chance de sobrevivência” se tivesse tido uma internação adequada e em um centro de saúde polivalente para o atendimento.