De candidato ao rebaixamento no início do Campeonato Brasileiro ao protagonismo no futebol continental na temporada 2020, o Santos pode concluir essa transformação, hoje, quando receberá o Boca Juniors, às 19h15, na Vila Belmiro, para o segundo jogo das semifinais da Copa Libertadores.
Caso tenha êxito, irá se classificar para a quinta decisão do torneio, a primeira desde 2011, quando foi campeão pela terceira vez. E teria, em 30 de janeiro, no Maracanã, a chance de se tornar o único brasileiro tetracampeão. Mas terá um duro desafio para isso. Afinal, após o 0 x 0 na Bombonera, precisa superar um time que sofreu apenas três gols na competição e que tem se destacado nesta edição pela força como visitante, com seis vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
Qualquer igualdade com gols classifica o Boca, seis vezes campeão da Libertadores e em busca da 12ª decisão, a última em 2018. E duas delas diante do Santos, que se deu melhor em 1963 e levou o troco em 2003. Agora, o time quer ficar a um passo de igualar o recorde de títulos do Independiente.
Eliminado nas quartas de final do Paulistão, nas oitavas da Copa do Brasil e em oitavo lugar no Brasileirão, o Santos tem a Libertadores como esperança de voltar a ser campeão nesta temporada – a última conquista foi o Estadual de 2016. A ida à final da Libertadores premiaria o trabalho do técnico Cuca de unir o elenco em torno da briga pelo título da competição.
Embora aposte no quarteto ofensivo, Cuca também quer um time seguro defensivamente, pois sabe que, se o Santos for vazado, terá dificuldades extras para derrotar o adversário. “Tem de ser um jogo consistente, como foi na Bombonera. É um jogo para atacar, mas para saber defender também. Não vamos ganhar naturalmente, vamos sofrer. Temos de estar preparados para isso”, disse o treinador, campeão da Libertadores de 2013 pelo Atlético-MG.
No Boca, o técnico Miguel Ángel Russo, último treinador campeão da Libertadores pelo clube, em 2007, terá o elenco completo com o retorno do colombiano Jorman Campuzano, o que deverá levá-lo a sacar Nicolás Capaldo, Diego González ou Eduardo Salvio, o principal candidato a deixar a formação do meio-campo.
No último sábado, o time se garantiu na decisão da Copa Diego Maradona e, agora, buscará disputar mais uma decisão. “Este grupo está muito bem, principalmente, mentalmente. É grande a exigência física e mental que temos, porque sempre temos a obrigação de, no mínimo, chegar à final”, declarou o treinador.