TÊNIS

Brasília recebe circuito de tênis com irmãos Meligeni na disputa

Sobrinhos do campeão do Pan de 2003, Carol e Felipe Meligeni integram a nova geração do tênis brasileiro, reunida no Iate Clube de Brasília

Maíra Nunes
postado em 06/11/2020 00:35 / atualizado em 06/11/2020 09:18
Felipe Meligeni encara Igor Marcondes na final da primeira etapa do Circuito BRB de Tênis Profissional, em Brasília -  (crédito: Green Filmes/CBT)
Felipe Meligeni encara Igor Marcondes na final da primeira etapa do Circuito BRB de Tênis Profissional, em Brasília - (crédito: Green Filmes/CBT)

Grandes nomes do tênis brasileiro disputam o Circuito BRB de Tênis Profissional na estreia do banco como patrocinador master do torneio, até 14 de novembro, no Iate Clube de Brasília. A competição será composta por duas etapas e a Supercopa BRB. A falta de público será compensada pelas transmissões das partidas das quartas, semi e final das três etapas pela BandSports. Entre os competidores, estão Carolina e Felipe Meligeni, sobrinhos do tenista Fernando Meligeni, ex-número 25 do mundo e campeão dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo-2003.

Assim como o tio, Carol ganhou visibilidade no Brasil com uma boa campanha no Pan. Em 2019, ela conquistou a medalha de bronze nas duplas do torneio de Lima, no Peru, com Luisa Stefani, e ficou perto de beliscar um pódio nas disputas de simples, terminando em quarto lugar. “Nunca muita gente conseguiu ver a gente jogando. Foi incrível contar com a audiência de várias pessoas, ainda mais com uma medalha nas duplas e uma campanha muito boa de simples”, comemora Carol Meligeni.

“Jogar pelo Brasil me comove muito. As pessoas me acolheram muito bem, deram muita força”, descreve, sobre o Pan de Lima. Aos 24 anos, a paulista integra a Seleção Brasileira na Fed Cup, é a sexta do ranking brasileiro e ocupa a 403ª posição da WTA. Em agosto, ela integrou a equipe na Missão Europa, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), com apoio da Confederação Brasileira de Tênis (CBT). “Esse convívio com outros esportes não acontece com frequência. E estar com os melhores de cada esporte foi bem enriquecedor.”

O período de treinamento antecedeu a volta do circuito mundial de tênis, com o torneio de Palermo, na Itália, em agosto, após cinco meses de paralisação devido ao novo coronavírus. A brasileira julgou precipitado o retorno, mas, diante da necessidade de acatar a decisão, sentiu-se também grata por retomar o trabalho e fazer o que gosta em meio a um cenário de crise sanitária.

A convivência com tenistas começou desde cedo na vida da Carol. Além do tio, nome conhecido no tênis internacional e no esporte brasileiro, o pai e a mãe dela são professores da modalidade. Foi assim que Carol e o irmão, Felipe Meligeni, 22 anos, cresceram. E foi assim também que toda a família encarou o período de maior restrição da quarentena. “Passamos um mês sem tocar na raquete. Mas foi ótimo ter o Fê por perto, um puxava o outro para manter o físico e aproveitamos para ficar junto com a nossa família, como há bastante tempo não fazíamos”, conta Carol.

“Eu e minha irmã sempre fomos muito parceiros. Por ser mais velha, ela me ajuda bastante em momentos mais imaturos, trocamos muitas informações entre a família e torcemos muito um pelo outro”, comenta Felipe, que disputará a final da primeira etapa nesta sexta-feira (6/11), a partir das 12h, contra Igor Marcondes (20º). A decisão feminina ocorre na sequência, entre Laura Pigossi e Thaísa Pedretti. Ambas disputas podem ser acompanhadas pela BandSports.

O jovem tenista diz não lidar com o peso do sobrenome como uma pressão. “Eu levo para o lado de ter um cara que é incrível próximo de mim, um tenista que passou pelo mesmo circuito que eu e que foi um dos melhores”, pondera, destacando que trilha a própria história, com as conquistas e os percalços que o aguardam na carreira, assim como faz a irmã. Sexto do ranking nacional, Felipe foi convocado por Jaime Oncins no último confronto do Brasil na Copa Davis.

 

Outros talentos em quadra

Outro destaque do Brasil que disputará o torneio em Brasília é João Menezes, terceiro do ranking nacional. Assim como Carol Meligeni, o mineiro de Uberaba começou a jogar tênis por influência da família e viu a carreira ganhar uma nova dimensão após os Jogos Pan-Americano de Lima-2019, no qual sagrou-se campeão.

Aos 23 anos, João ocupa a 199ª posição do ranking mundial (ATP) e representará a nova geração do tênis brasileiro no circuito disputado na capital federal ao lado de Orlando Luz, Oscar José Gutierrez, Daniel Dutra Silva e João Sorgi no masculino; e de Laura Pigossi, Thaísa Pedretti e Ingrid Martins, no feminino, além de Luísa Stefani, número 32 no ranking mundial de duplas.

 

Programe-se

Circuito BRB Profissional 2020
Local: Iate Clube de Brasília

1ª etapa
Quando: hoje (finais)
32 atletas nas disputas feminina e masculina
Premiação: R$ 40 mil para cada naipe

2ª etapa
Quando: até 11 de novembro
32 atletas nas disputas feminina e masculina
Premiação: R$ 40 mil para cada naipe

Supercopa BRB
Quando: de 11 a 14 de novembro
10 atletas classificados direto pelo ranking, quatro competidores wild cards e dois atletas mais bem classificados nas etapas anteriores do circuito
Premiação: R$ 75 mil para cada naipe

Obs: Jogos sem a presença de público devido à pandemia do novo coronavírus
Mais informações: www.cbtenis.com.br ou nas redes sociais da CBT

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Nadal avança às quartas em Paris

 (crédito: Anne-Christine Poujoulat/AFP)
crédito: Anne-Christine Poujoulat/AFP

Rafael Nadal (número dois do mundo) passou às quartas de final do Masters 1000 de Paris ao conquistar, ontem, a 1.001ª vitória da carreira, desta vez sobre o australiano Jordan Thomspon (61º) por 6/1 e 7/6 (7/3), em 1h33min de jogo.

O adversário de Nadal na próxima fase será o compatriota Pablo Carreño (15º), que superou o eslovaco Norbert Gombos por 7/5 e 6/2.

O alemão Alexander Zverev (7º) teve dificuldades para derrotar o francês Adrian Manarino (36º): 7/6 (11/13), 6/7 (9/7) e 6/4, em três horas. Zverev jogará nas quartas de final contra o russo Andrey Rublev (8º) ou o suíço Stan Wawrinka (20º).

O torneio de Paris garante a última vaga para o Finals, competição que reúne os oito melhores do ano e que será disputado em Londres, a partir de 15 de novembro.

Em meio a condições delicadas devido à pandemia, com o torneio disputado a portas fechadas, o Masters 1000 fez um reajuste considerável de prêmios. Assim, o vencedor de 2020 levará apenas 20% da soma recebida por Novak Djokovic há um ano (225.210 euros contra cerca de um milhão de euros).

 

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