O Flamengo ampliou para 16 jogos sua série invicta diante do Vasco. Mais uma vez com segundo tempo forte, virou o placar para 2 x 1 em São Januário, ontem, chegou aos 27 pontos e colocou pressão sobre o Atlético-MG.
Em um clássico em que os treinadores apostavam muito em seus centroavantes, foi Bruno Henrique quem decidiu. O atacante flamenguista recebeu lançamento longo, ganhou do goleiro e definiu o terceiro triunfo seguido do time. Todos eles com os gols saindo após o intervalo.
Cano, a esperança vascaína, teve uma finalização perigosa defendida por Hugo Souza e um gol anulado pelo VAR. Pedro, que buscava marcar pelo sexto jogo seguido no Flamengo, passou despercebido.
Agora o Flamengo enfrentará uma maratona de jogos. Serão três nos próximos sete dias. Encara o Goiás, terça-feira, Bragantino, na quinta e o Corinthians, no domingo. O Vasco terá a semana inteira para se preparar para o próximo confronto. Domingo, visita o Internacional e tentará desencantar.
“Algo diferente”
Então há seis jogos sem ganhar, o Vasco entrou em campo pela primeira vez no Brasileirão sem o técnico Ramon Menezes, demitido após a sequência ruim. O interino Alexandre Grasseli tinha a missão de fazer "algo diferente".
Optou por barrar Yago Picachu e apostar em Cayo Tenório na ala direita. Viu sua aposta levar amarelo em menos de um minuto. Mas colheu os frutos aos 8. O lateral roubou a bola de Bruno Henrique, passou como quis por Filipe Luís e serviu Talles Magno: 1 x 0.
Do lado do Flamengo, Léo Pereira estava de volta à defesa e Matheuzinho assumiu a lateral após ida de Isla à seleção chilena No mais, Domenèc Torrent apostando na dupla entre Bruno Henrique e Pedro, que fizeram, juntos, nove gols nos últimos cinco jogos.
Pelo terceiro duelo seguido, porém, o Flamengo fez primeiro tempo ruim. Saiu atrás pela primeira vez, e quase não ameaçou o gol de Fernando Miguel, mostrando apatia enorme em campo nos 45 primeiros minutos.
Para quem queria colocar sombra no líder Atlético-MG, o espírito apresentado até o intervalo foi de um "jogo comum". Os flamenguistas não brigavam pela bola, não davam opção aos companheiros e, por consequência, não chutavam ao gol.
Por outro lado, os vascaínos queriam muito acabar com o jejum de 15 jogos no clássico e retomar o caminho das vitórias no Brasileirão após seis jogos sem triunfos. Se não eram brilhantes, mostravam superação pela garra e disposição.
Domenèc arrumaria o Flamengo? Ou o Vasco repetiria as boas atuações defensivas das rodadas iniciais? A resposta veio no primeiro lance ofensivo da etapa final. Diego cobrou falta na área e Léo Pereira empatou, de cabeça, com dois minutos. Leandro Castan, também em cabeceio, quase colocou o Vasco novamente em vantagem. Parou em Hugo Souza no minuto seguinte ao gol flamenguista.
Em seguida, lançamento preciso de Thiago Maia para Bruno Henrique. O atacante ganhou disputa com o goleiro e virou o placar aos 24 minutos. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
O Vasco, desesperado, saiu com tudo ao ataque atrás do empate. Grasseli encheu o time de atacantes e o time até empatou, aos 39 Mas Parede estava impedido antes de servir Cano. Marcos Júnior ainda errou um cabeceio. O Flamengo se fechou e festejou mais uma vitória no Brasileirão.