Messi pensando em sair do Barcelona, Suárez longe do amigo argentino e agora no Atlético de Madrid e Neymar driblando polêmicas no PSG. Assim, os três prinicpais jogadores sul-americanos reencontram as seleções de seus países no início da caminhada por uma vaga à Copa de 2022 e da calma perdida na Europa. A corrida por quatro vagas diretas e uma para a repescagem começa, hoje, com quatro jogos (veja tabela da primeira rodada).
O chileno Arturo Vidal, recém-contratado pela Internazionale, e o colombiano James Rodríguez, que renasceu pelas mãos de Carlo Ancelotti no inglês Everton, são figuras que tentarão aproveitar as mudanças e dar poder às suas equipes. Não convocado, o uruguaio Edinson Cavani disputará as Eliminatórias de clube novo após assinar contrato com o Manchester United.
Messi iniciará hoje, contra o Equador, no estádio La Bombonera, provavelmente sua útima participação em Copa do Mundo. O jogador eleito seis vezes melhor do mundo terá 35 anos na Copa do Qatar. Se persistir, chegará à edição dos Estados Unidos, México e Canadá com 39. Por incrível que pareça, a Argentina passou a ser a zona de conforto do craque. É onde ele se sente bem em meio à queda de braço com o Barcelona depois da humilhante por 8 x 2 na Liga dos Campeões diante do Bayern de Munique, de manifestar o desejo de deixar o time azul-grená e detonar a atual administração do clube catalão.
O Barça recusou liberá-lo e o craque cedeu. O atacante engoliu frustração por não poder sair, pediu unidade e iniciou a temporada comprometido com o trabalho do novo treinador, o holandês Ronald Koeman, e a equipe, que dispensou dois de seus grandes amigos: Luis Suárez e Arturo Vidal.
Neymar chega à Seleção Brasileira como líder indiscutível da equipe de Tite. Mais maduro, o ex-jogador do Santos levou, ao lado do francês Kylian Mbappé, o Paris Saint-Germain à final da Liga dos Campeões, mas foi derrubado pelo Bayern de Munique.
Porém, com o início do Campeonato Francês, as polêmicas voltaram e um incidente no jogo contra o Olympique de Marselha quebrou sua tranquilidade. A estrela do PSG foi acusada de insultos discriminatórios contra o espanhol Álvaro González e contra o japonês Hiroki Sakai, mas a Comissão Disciplinar não sancionou os jogadores. Neymar terminou a partida expulso e depois acusou Álvaro de tê-lo insultado chamando-o de “macaco”. Amanhã, em São Paulo, contra a Bolívia, o camisa 10 terá mais uma chance de brilhar com a Seleção.
Terceiro maior artilheiro da história do Barcelona, Luis Suárez deixou recentemente a equipe para iniciar uma nova fase no Atlético de Madrid de Diego Simeone. Os dois gols marcados na sua estreia pelo time da capital espanhola animaram os uruguaios em relação à atuação do atacante nas Eliminatórias. O temperamental atacante, que chorou ao deixar o Barcelona, tentará apaziguar a decepção de ter deixado a equipe que o encheu de glória, mas o rejeitou impiedosamente após a chegada do técnico Ronald Koeman.
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Tanto o ex-jogador do Barça como o ausente Cavani — artilheiros históricos da seleção uruguaia — “não precisam mostrar nada a ninguém em termos de sua capacidade, além de circunstâncias especiais”, como a qual Cavani está passando, ao fim de seu contrato com o PSG”, declarou Jorge Fossatti, ex-técnico da seleção uruguaia (2004-2005) e atual gerente do River Plate de Montevidéu.
O “Rei” Arturo retorna como a referência máxima da seleção do Chile, que busca renascer depois de fracassar nas Eliminatórias para a Copa da Rússia-2018. A seleção vinha de dois títulos da Copa América em 2015 e 2016. O técnico colombiano Reinaldo Rueda tem a missão de maximizar o poder de Vidal. O volante foi não foi utilizado por Koeman no Barcelona e encontrou refúgio na Internazionale.
Outra equipe que vibrou com a movimentação do mercado é a Colômbia com a transferência do maestro James Rodríguez do Real Madrid para o Everton. Renovado, James comandará a Colômbia, que inicia a rota da Copa do Mundo, amanhã, em casa, contra a Venezuela.