O maior clássico do Distrito Federal será disputado pela primeira vez na Série D do Campeonato Brasileiro. No mesmo grupo, Gama e Brasiliense enfrentam-se hoje, às 17h, no Bezerrão, em uma disputa particular para decidir qual deles mantém aproveitamento de 100% para se isolar na liderança da chave. O confronto não terá a presença de público em função da pandemia de covid-19. Antes, os dois clubes só participaram de competições nacionais ao mesmo tempo na Série B e na Copa do Brasil.
Gama e Brasiliense duelaram em quatro edições da segunda divisão do Brasileirão: 2003, 2006, 2007 e 2008. Ao todo, foram sete confrontos na competição, com três vitórias para cada lado e um empate. Foi nesse período que a rivalidade entre Gama e Brasiliense ganhou dimensão nacional. Porém, o jejum de confrontos em competições que reunem clubes de todo o país dura 12 anos. Não há confrontos entre ambos em torneios de fora do Distrito Federal desde 20 de setembro de 2008, pela Série B do Brasileirão.
O duelo, que já foi chamado de Clássico Caçula, chega à 63ª partida com equilíbrio impressionante. São 21 vitórias do Brasiliense contra 20 do Gama e 21 empates. Uma história iniciada no Candangão 2001. O então recém-criado Jacaré venceu o tradicional alviverde por 3 x 1. O Gama daria o troco na final do mesmo torneio, vencendo os dois jogos para levantar a taça. Naquela altura, o clube veterano figurava na Série A e o caçula estrearia na Série C e ascenderia rapidamente à elite do futebol brasileiro, na qual figurou em 2005.
Com uma realidade diferente em 2020, o Gama chega à Série D com moral, após a conquista das duas últimas edições do Candangão em cima do arquirrival. Na final de 2019, venceu o primeiro jogo por 3 x 1 e levantou a taça após empate por 2 x 2 no segundo. Neste ano, o Brasiliense abriu vantagem por 3 x 1, no jogo de ida, mas a derrota por 2 x 0, na volta, levou a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, deu Gama, bicampeão da capital, por 4 x 3.
No jogo válido pela segunda rodada do Grupo A-6 da Série D, o clássico terá muitas ausências. Nunes, o artilheiro do Periquito em 2020, com 14 gols, desfalca o Gama. O centroavante foi expulso contra o Atlético de Alagoinhas, na Bahia, e cumprirá suspensão. “O Nunes já está entrosado, vem jogando bem e, normalmente, o jogador que está no banco não entra com o ritmo ideal. Mas, temos um grupo coeso. Os jogadores vêm entrando bem uns 20 minutos no fim dos jogos, além de estarem treinando forte”, pondera o técnico Vílson Tadei. Michel Platini é uma das opções para assumir a posição. O restante do elenco estará disponível para o treinador.
O clube de Taguatinga vive um drama por causa de lesões. O atacante Zé Lote, o meia Esquerdinha, o lateral-direito Railan, os volantes Aldo e Radamés e os zagueiros Preto Costa e Naylhor seguem sem condições de jogo. Há expectativa pelo retorno do centroavante Neto Baiano, em fase final de recuperação. O lateral Diogo e atacante Mariano, recém-chegados para reforçar o time na Série D, também estão relacionados para o jogo.
Estreias
Gama e Brasiliense estrearam na fase de grupos da Série D com 100% de aproveitamento. Essa foi apenas a segunda vez, em 12 anos da competição, em que os dois times da capital federal venceram o primeiro jogo. No último fim de semana, o Gama, atual bicampeão candango, derrotou o Atlético de Alagoinhas, por 1 x 0; e o Brasiliense superou a Caldense, por 3 x 1, no Mané Garrincha.
Memória
Os únicos duelos nacionais foram pela Série B
15/7/2003 Gama 0 x 2 Brasiliense
29/7/2006 Brasiliense 0 x 2 Gama
31/10/2006 Gama 3 x 2 Brasiliense
05/7/2007 Brasiliense 0 x 0 Gama
07/9/2007 Gama 1 x 2 Brasiliense
21/6/2008 Gama 1 x 0 Brasilinese
20/09/2008 Brasiliense 3 x 2 Gama
17h
Bezerrão
Gama (DF)
Série D
Grupo A-6 (2ª rodada)
Transmissão: MyCujoo/CBFTV
Árbitro: Rafael Martins Diniz (DF)
Gama
Calaça; Gabriel, Gustavo, Emerson e Júlio Lima; Wallace, Andrei Alba e Norton; Everton, Vitor Xavier e Michel Platini.
Técnico: Vílson Tadei
Brasiliense
Fernando Henrique; Sandy, Badhuga, Rodrigo e Fernandinho; Bruno Lima, W. Balotelli e Douglas; Luquinhas (Fabinho), Romarinho e Jefferson Maranhão.
Técnico: Edson Souza