O pilar central da pedagogia de projetos é fazer com que o aluno deixe de ser um mero componente do processo educacional para se tornar o sujeito central do ensino.
“O mais importante é que, com a metodologia de projetos, nós podemos pensar no desenvolvimento da autonomia do sujeito, pois o aluno começa a participar mais ativamente do processo de construção da aprendizagem”, observa a professora de pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Fernanda Duarte.
“Essa formação será importante não apenas para a escola, mas para a vida do estudante como um todo, pois ele vai se desenvolver de forma integral em várias áreas, tanto afetiva quanto social”, completa a especialista.
Segundo ela, investindo nesses conceitos, a escola contribui para que os estudantes sejam mais independentes. Esse tipo de estratégia tem sido bastante vinculada ao conceito da chamada cultura maker, em que os alunos são incentivados a aprender por meio de uma perspectiva prática.
“Quando pensamos em ensino tradicional, o aluno é um sujeito muito passivo. Muitas vezes, o professor enche esse estudante de conteúdos, mas não tem certeza do que ele realmente aprendeu. Já com a metodologia de projetos, é diferente. O professor passa a olhar para a criança e o jovem, a tentar entender o que é realmente importante para eles nesse momento. Se o aluno participa do processo, ele se percebe um sujeito importante e passa a se posicionar”, explica Fernanda.
A construção dessa responsabilidade por meio de atividades que exijam mais do aluno é algo que o vigilante Hudson Aires, 32 anos, acredita ser fundamental para a filha Maria Beatriz, 6. “É bom para que ela trabalhe a independência e seja construtura das próprias ideias, sem depender da intervenção de alguém”, opina o pai, acrescentando que a educação dentro de casa também pode contribuir para o amadurecimento da filha.
“Acredito que tudo depende da criação também. O acompanhamento do responsável junto à escola é fundamental, nós temos de estar envolvidos. A minha maior preocupação sempre foi a de educar a Maria, desde pequena para que ela desenvolvesse o máximo de independência. Por enquanto, tem dado certo”, comemora Hudson.
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