Enfim, portões fechados! Estudantes do Enem entraram para fazer a segunda etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), na Universidade Paulista (Unip), na Asa Sul. O sentimento é de tensão e ansiedade para as provas de ciências da natureza e matemática. Às 12h, muitos participantes já se concentravam em frente à faculdade, que também reuniu vendedores ambulantes e pessoas oferecendo oportunidades de graduações. Em alguns quiosques, a caneta preta, obrigatória no exame, estava custando R$ 5.
Jovens da Comunidade das Nações estavam reunidos com cartazes motivadores e palavras de incentivo, visando transmitir tranquilidade aos estudantes. "Já passamos por essa experiência e sabemos como é a tensão pré-prova. Estamos dispostos a ouvir aqueles que desejarem desabafar sobre a expectativa para o segundo dia", explicou Júlia Simão.
Entre os concorrentes, há quem deseje realizar o exame para engatar em uma nova profissão. É o caso da servidora pública Ana Paula Cusinato, 52, que deseja cursar audiovisual. Já formada em letras, ela sente que terá mais dificuldade com as questões de exatas, mas está confiante. "Fui muito bem na prova do primeiro dia, então, estou mais aliviada", comentou.
Já Arthur Venturino, 18, está fazendo a prova pela segunda vez e quer ser aprovado em artes visuais. Morador do Jardim Botânico, ele não pretende ficar até o final do exame para pegar o caderno de questões. "Tenho dificuldade em exatas e não estou com expectativas altas para hoje", confessou.
Quando os portões estavam prestes a fechar, houve gritos de motivação para aqueles que, desesperados, corriam para chegar a tempo. O estudante João Artur, 16, morador do Jardim Botânico, não teve essa sorte. Chegou um minuto depois. "Estou me sentindo muito mal. Como vou explicar para os meus pais que perdi a prova?", desabafou. Segundo relatou, o ônibus que o trouxe da Rodoviária do Plano Piloto para a Asa Sul atrasou.
Já Lucas Oliveira, 24, perdeu a prova porque esqueceu o documento de identidade em casa. Com o objetivo de passar em biologia, o jovem disse estar decepcionado. "Os aplicadores tinham me falado que eu poderia tentar conversar com alguém da coordenação, pois, lá, teriam um banco de dados com as minhas informações e eu poderia entrar. Mas apenas me mandaram embora. Me senti enganado", lamentou.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia o conhecimento dos estudantes em diferentes áreas. Dividido em duas etapas, a seleção ocorre em dois domingos: o primeiro, na semana passada (5/11), cobrou conhecimentos de Linguagens, Ciências Humanas e uma redação; o segundo, hoje (12/11), abrange conteúdos de Matemática e Ciências da Natureza.
Cronograma (no fuso de Brasília):
- Abertura dos portões: 12h
- Fechamento dos portões: 13h
- Início das provas: 13h30
- Término das provas no 2º dia: 18h30
O candidato só poderá sair com o Caderno de Questões nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova.
No total, o Enem é composto por 180 questões objetivas e uma redação. São 90 questões no 1º dia e mais 90 no 2º dia de provas. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é o responsável pela aplicação do exame.
Segundo dados do MEC, no DF, são 72.982 inscritos para a prova. No Brasil, são cerca de 3,9 milhões de inscritos confirmados para realizar o Enem 2023, nas 27 unidades da Federação, em 1.750 municípios de aplicação. Ao todo, são mais de 9 mil locais de prova, com 10.086 coordenações, o que representa cerca de 132 mil salas. Além disso, farão parte da aplicação 1.763 coordenadores municipais, 36 coordenadores estaduais e cerca de 13.000 assistentes de local.
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