Os shoppings lotados costumam ser comuns na época de Natal em Brasília. A busca por presentes de última hora, por exemplo, faz com que as pessoas corram para as lojas que ainda possuem produtos, descontos ou estoque. No entanto, a expectativa para 2022 é que isso não seja tão comum, sobretudo com algumas ofertas da Black Friday. Especialistas do setor acreditam que mais pessoas vão adiantar as compras natalinas, justamente para aproveitar promoções melhores e assim economizar em momentos de crise.
Uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostrou que 64% das pessoas vão usar os preços da Black Friday para adiantar os presentes de Natal. Um comportamento esperado pela economia, pois os descontos no final de novembro costumam ser maiores que na véspera do feriado de fim de ano. Aliás, esse é um dos motivos que tem feito esse novo período de promoções ganhar espaço na rotina brasiliense, inclusive como o e-commerce.
O blog Betway Insider, divulgou um gráfico comparando os dois períodos, e apontando as principais diferenças. Enquanto os produtos comprados na época do Natal costumam ser indispensáveis, por serem presentes ou comidas, a compra feita na última sexta-feira do mês de novembro é totalmente baseada no desconto. Um smartphone com 80% de oferta, por exemplo, vira uma oportunidade para trocar de aparelho. Assim, antecipar as compras surge como uma ideia interessante para economizar.
A pesquisa da SBVC também apontou outros comportamentos interessantes do brasileiro para esse final de ano, que devem ser reproduzidos pelo consumidor de Brasília. Cerca de 93% dos consumidores estão se planejando para as promoções, com mais de 80% dispostos a gastar em média um valor acima dos R$ 1 mil nas compras. Ou seja, os gastos serão altos. Vestuário, produtos eletrônicos e eletrodomésticos serão as ofertas mais procuradas pelas pessoas, seja no e-commerce ou nas lojas físicas. Tudo isso na Black Friday, deixando o Natal apenas para os que não estão se planejando.
Ganhando espaço no país
O uso da Black Friday para adiantar as compras de Natal é interessante, e está sendo importante para esse novo período de ofertas ganhar espaço no Brasil. Importado da cultura norte-americana, as ofertas na última sexta-feira de novembro são recentes por aqui e uma parte das receitas começaram a ser registradas apenas nos últimos quatro anos. Ainda existe muito potencial para começar a fazer parte da rotina das pessoas.
A equipe da Betway, site de blackjack online, realizou uma pesquisa sobre alguns dos valores movimentados pelo período e o crescimento é evidente. O faturamento no e-commerce em 2016 era de apenas R$ 1,9 bilhões, e em 2021 chegou a R$ 5,4 bilhões. É quase quatro vezes o valor, mesmo com os problemas enfrentados recentemente pelo Brasil com a crise na área da saúde. Existe um potencial de crescimento para o futuro acima da média, se aproximando das vendas de Natal.
O feriado de fim de ano, comemorado no dia 25 de dezembro, ainda é soberano em faturamento. Mesmo no e-commerce, a vantagem é de pouco mais de R$ 1 bilhão, com projeção de crescimento para 2022. Enquanto isso, nas lojas físicas, as compras natalinas conseguem ser 38 vezes maiores. A Black Friday faturou, nos últimos seis anos, apenas R$ 12,9 bilhões. O Natal teve uma receita acima dos R$ 700 bilhões. Uma vantagem que será dificilmente cortada nos próximos anos.
Final de ano mais disputado
Essa disputa por clientes é interessante, e não apenas pelo surgimento de mais promoções, como também pela mudança no comportamento das pessoas. Os consumidores vão ser disputados por esses dois períodos, podendo ser divididos entre quem vai adiantar as compras e quem vai deixar tudo para última hora. Os números desses dois períodos vão dizer melhor como tudo aconteceu em 2022.
As vendas de final de ano são essenciais para o mercado brasilienses, então os shoppings lotados costumam representar um cenário positivo para as lojas. No entanto, com o crescimento do e-commerce da Black Friday, as coisas podem mudar na cidade.
A tendência do Brasil é por mais adiantamento das compras natalinas, justamente para aproveitar preços melhores e economizar o salário. Algo que também deve acontecer com os brasilienses, pois o momento é de cuidado com os gastos.
Este conteúdo não reflete a visão do Correio Braziliense.
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