
O aumento das tensões comerciais, devido às tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, deve causar uma desaceleração na economia. No entanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) não espera recessão uma recessão global neste ano. A avaliação foi feita pela chefe da organização, Kristalina Georgieva, nesta quinta-feira (17/4), em discurso de abertura antes da reunião com o Banco Mundial.
“As nossas projeções de crescimento são de baixa, mas não mostram uma recessão”, destacou Georgieva. De acordo com ela, os países estão sendo testados por uma reinicialização do sistema de comércio global, motivada pelo anúncio das tarifas e retaliações.
Trump estabeleceu tarifas mínimas universais de pelo menos 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, em vigor desde 5 de abril, e de até 145% sobre os produtos chineses, além dos impostos existentes antes de seu retorno à Casa Branca no final de janeiro.
“Com os recentes aumentos, pausas, escaladas e isenções das tarifas alfandegárias, está claro que a taxa efetiva nos Estados Unidos atingiu níveis não vistos há muito tempo”, enfatizou a chefe do FMI.
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Em relação ao aumento das tensões entre Estados Unidos e China, Georgieva alertou que haverá consequências. “Enquanto os grandes se enfrentam, os países menores estão no meio do fogo cruzado. China, União Europeia e Estados Unidos são os maiores importadores”, afirmou.
(Com AFP)