
Os principais índices dos Estados Unidos fecharam em queda nesta sexta-feira (4/4), após o anúncio da China sobre uma retaliação em resposta à tarifa de 34% aplicada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao país asiático. A medida, anunciada por Pequim, prevê uma taxa recíproca no mesmo percentual aos produtos dos EUA importados pelo país.
Diante disso, o índice Dow Jones terminou o dia em queda de 5,5%, com acumulado de 7,86% na semana. O S&P 500 caiu 5,98%, e 9% nos últimos cinco dias. Já o índice Nasdaq teve um resultado negativo de 5,82% no dia e de 10% na semana, impactado principalmente pela queda das ações das big techs.
Os investidores de Wall Street ainda temem com as notícias sobre uma possível recessão até o fim do ano. De acordo com o banco JP Morgan, o mercado vê uma chance de 60% para isso ocorrer até dezembro. O presidente do Federal Reserve (Fed) — o banco central dos EUA –, Jerome Powell, disse que os aumentos tarifários anunciados por Trump devem provocar inflação maior e crescimento mais fraco em 2025.
“Agora está ficando claro que os aumentos tarifários serão significativamente maiores do que o esperado”, afirmou o presidente do Fed, durante conferência na Virgínia, nesta sexta-feira.
- Leia também: China diz que vai retaliar EUA com novas tarifas de 34%: bolsas despencam na Ásia e na Europa
A declaração de Powell veio logo após o presidente dos EUA publicar em sua rede social, a Truth Social, uma mensagem ao banco central norte-americano: “Este seria o momento perfeito para o presidente do Fed, Jerome Powell, cortar as taxas de juros”, escreveu.
No entanto, o chefe da política monetária do país afirmou que o Fed ainda avalia os impactos da guerra comercial e destaca que ainda há incertezas sobre os detalhes das novas tarifas anunciadas na última quarta-feira (2/4). Mesmo assim, Powell indicou que o banco deve manter a taxa básica no patamar atual entre 4,25% e 4,5% enquanto aguarda novos desdobramentos.