O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que o Congresso Nacional deve aprovar com "tranquilidade" o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. "Tenho certeza que mesmo a extrema-direita não terá argumento para não aprovar essa medida. Não consigo enxergar alguém da extrema-direita subir na tribuna e justificar a cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil", disse Haddad, no programa Bom dia, ministro nesta quinta-feira (20/3).
Se o projeto for aprovado no Legislativo ainda este ano, quem ganha até R$ 5 mil por mês não vai mais pagar Imposto de Renda a partir de 2026. Hoje, a faixa de isenção vai até R$ 2.259,20. Além disso, o texto apresentado pelo governo federal prevê desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Haddad também rebateu as críticas da oposição contra o projeto de isenção. O ministro afirmou que técnicos e especialistas estudaram a medida por mais de um ano e lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também chegou a sugerir proposta parecida, mas não levou adiante. "Bolsonaro não atualizou a tabela do Imposto de Renda e manteve o salário mínimo sem aumento real. Querem criticar quem cumpre promessa", citou Haddad.
O ministro destacou, ainda, que a proposta do governo federal promove justiça tributária. “O desconto alcança até quem ganha R$ 7 mil por mês, com algum benefício tributário. Repito: os super-ricos que pagam imposto não serão tocados pela medida. Estamos falando dos que não pagam imposto”, disse Haddad.
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