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Brasil Summit

Helder Barbalho: 'É preciso conjugar produção com preservação'

Anfitrião da COP 30, o governador destacou a vitrine que o evento será para que o Brasil demonstre soluções sustentáveis de sucesso

Em evento com empresários, nesta quarta-feira (12/3), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu a importância mobilizar o setor produtivo brasileiro para a agenda da sustentabilidade em um momento de destaque para o país, que sediará da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30.

Anfitrião do evento, marcado para novembro em Belém, o governador afirmou que é o momento de apresentar “um modelo de sucesso que possa conjugar produção com preservação”.

“Tudo se inicia pela necessidade da credibilidade, que se dá a partir da agenda de comando e controle”, disse durante a abertura do Brasil Summit, evento realizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, em parceria com o Correio Braziliense.

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Ele lembrou que o estado já foi um dos protagonistas do desmatamento do país e apontou para a necessidade de combater a ilegalidade. "O Estado brasileiro não pode continuar dialogando com ilegalidades ambientais. Isso deve ser separado imediatamente, sob pena de comprometer as boas práticas, sob pena de comprometer a pecuária sustentável, a agricultura sustentável, a mineração sustentável." 

O governador destacou que a credibilidade na transição para uma economia de baixo carbono se dá por três pontos: comando, controle e fiscalização. "Nós temos que partir do princípio que o Estado brasileiro deve combater as ilegalidades ambientais", enfatizou.

"O combate às ilegalidades e a produção sustentável, estimula práticas sustentáveis de uso do solo e abre um portfólio de agenda para convocar a iniciativa privada, para que nós possamos juntos construir um novo tempo para a Amazônia, um novo tempo para o Pará", complementou.

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Barbalho mencionou iniciativas que geram oportunidade para o setor produtivo, como o mercado de créditos de carbono: “Estamos diante de uma nova commodity”.

Concessão de florestas

No próximo dia 28, o estado vai realizar na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o primeiro leilão de concessão florestal, uma forma de gestão de florestas públicas que permite a uma empresa ou comunidade manejar uma área de forma sustentável, para recuperar áreas griladas e desmatadas.

A expectativa, segundo o governador, é que esse se torne um case de sucesso. “Se der certo para o Pará, dará certo para outras unidades do Brasil. Nós estamos falando de uma área que permitirá a geração de 2 mil empregos para o cantil de restauro, uma mobilização que em 40 anos rentabilizará ao setor privado R$ 250 milhões. Portanto, uma importante agenda que conseguia um novo negócio com a recuperação do estoque florestal da floresta amazônica”, disse.

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Como  palco da COP30, o governador ainda destacou a vitrine que o evento será para que o Brasil demonstre soluções de sucesso, tanto em ações públicas quanto privadas. “As exigências climáticas exigirão que essa COP seja a COP da implementação de ações efetivas, para que todos possamos nos mobilizar em favor do planeta”, concluiu.

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