
O dólar segue em ritmo de alta nesta quarta-feira (26/3), enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, continua emitindo declaração sobre a imposição de novas tarifas de importação no país. O republicano disse nesta semana que o próximo 2 de abril será considerado o “dia da liberação americana”, ou “dia das tarifas”, conforme expressou o chefe de Estado durante um evento na Casa Branca.
Diante disso, o dólar comercial registrava valorização de 0,41% ante o real às 14h (horário de Brasília), cotado a R$ 5,73. A alta da divisa norte-americana no Brasil segue o mesmo movimento de outros países, visto que o Índice DXY, que mede a força da moeda ante as principais concorrentes globais, subia 0,3% às 15h, no mesmo fuso horário.
Os investidores ainda aguardam apreensivos os novos passos do governo norte-americano em relação às tarifas. Segundo Trump, as taxas que serão aplicadas a partir do próximo dia 2 já estão definidas, apesar de não ter revelado mais detalhes. Até o momento, já foram anunciadas duas novas tarifas de importação para esse dia: uma sobre produtos agrícolas e outra para carros estrangeiros. Ambas não tiveram a alíquota confirmada ainda.
No Brasil, além do noticiário político que segue efervescente com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de terem participado de uma trama golpista após as eleições de 2022, o Banco Central informou que houve uma entrada de investimentos estrangeiros diretos acima do esperado em fevereiro por analistas do mercado financeiro, ao passo em que o deficit em transações correntes aumentou.
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Ainda há entre os destaques a viagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Japão. Hoje, mais um passo foi dado para a liberação da venda de carne bovina brasileira para o país asiático. Ambos os países concordaram em promover uma missão sanitária “imediatamente” para liberar a exportação de carne bovina e suína.
Além disso, o petista manifestou abertamente o desejo de iniciar negociação com o Japão para um acordo de livre comércio com o Mercosul a partir do segundo semestre deste ano. A ideia é aumentar o fluxo de trocas comerciais entre os países do bloco e a nação asiática.