
O ministro Fernando Haddad criticou o levantamento da Genial/Quaest que apontou um aumento da avaliação negativa do mercado financeiro sobre o trabalho dele à frente do Ministério da Fazenda. Segundo a pesquisa divulgada na quarta-feira (19/3), a reprovação de Haddad chegou a 58%, enquanto que a aprovação marcou 10% e 32% avaliaram a atuação como regular.
O levantamento foi realizado com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. "Dizer que isso de pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos em um bairro", disse Haddad, em entrevista ao programa Bom dia, ministro desta quinta-feira (20/3).
"Quem está na vida pública sabe dos altos e baixos. Quem não tem a casca grossa é melhor nem vir. Consertar um país é difícil. Estamos em uma crise institucional e política desde 2013", acrescentou Haddad.
Isenção no Imposto de Renda
Haddad também comentou que acha que o Congresso Nacional deve aprovar com "tranquilidade" o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. "Tenho certeza que mesmo a extrema-direita não terá argumento para não aprovar essa medida. Não consigo enxergar alguém da extrema-direita subir na tribuna e justificar a cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil", frisou o ministro.
Haddad rebateu as críticas da oposição contra o projeto de isenção. O ministro afirmou que técnicos e especialistas estudaram a medida por mais de um ano e lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também chegou a sugerir proposta parecida, mas não levou adiante. "Bolsonaro não atualizou a tabela do Imposto de Renda e manteve o salário mínimo sem aumento real. Querem criticar quem cumpre promessa", citou.
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