
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento para a economia mundial no próximo biênio. De acordo com o relatório, publicado nesta segunda-feira (17/3), o crescimento do produto interno bruto (PIB) global deve desacelerar de 3,2% em 2024, para 3,1% em 2025 e 3,0% em 2026.
O documento atribui essa desaceleração a “maiores barreiras comerciais em várias economias do G20 e o aumento da incerteza geopolítica e de políticas pesando sobre os investimentos e os gastos das famílias” como razões para a redução das projeções.
No caso do Brasil, a estimativa passou de 2,3% para 2,1% em 2025 e foi reduzida de 1,9% para 1,4% em 2026. A desaceleração da economia foi atribuída à elevação de juros pelo Banco Central e por efeitos ao nível de atividade provocados pela alta de tarifas a aço e alumínio exportados aos Estados Unidos, impostas pelo presidente Donald Trump.
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"É esperado que a expansão no Brasil desacelere em relação ao seu recente ritmo rápido, pois o impacto do aperto da política monetária e das tarifas mais altas sobre as exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos reduzirá o crescimento de 3,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,4% em 2026”, apontou o documento.
De acordo com a OCDE, as tarifas impostas pelos EUA e o consequente efeito na demanda global devem limitar a expansão econômica brasileira, que já enfrenta os desafios internos de inflação e restrições ao crédito.
Em relação à inflação no Brasil, a organização aumentou suas projeções de 4,2% para 5,4% em 2025 e de 3,6% para 5,3% em 2026. O documento destaca que o Banco Central tem elevado os juros no país "para assegurar que as expectativas de inflação continuem bem ancoradas". (com Agência Estado)