Estatísticas fiscais

Setor público atinge melhor resultado nominal para um mês em janeiro, indica BC

Resultado primário do setor público consolidado foi superavitário em R$ 104,1 bilhões no primeiro mês do ano

Em janeiro, o Governo Central e os governos regionais registraram superavits de R$ 83,1 bilhões e de R$ 22 bilhões, respectivamente -  (crédito: Joel Fotos/Pixabay)
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Em janeiro, o Governo Central e os governos regionais registraram superavits de R$ 83,1 bilhões e de R$ 22 bilhões, respectivamente - (crédito: Joel Fotos/Pixabay)

O setor público consolidado registrou superavit de R$ 104,1 bilhões em janeiro de 2025, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (14/3) pelo Banco Central. De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado foi o maior, em termos nominais, para qualquer mês de toda a série histórica. Ele destacou, no entanto, que há aspectos sazonais no primeiro mês do ano, que, historicamente, apresenta superavits mais expressivos.

“Mesmo considerando essa sazonalidade positiva, o ano de 2025, em termos de resultado primário do setor público como um todo, começa com um superavit bastante elevado, não por outra razão, são os recordes da série, de novo, não apenas para o mês de janeiro, mas para qualquer mês do ano”, apontou Rocha, durante entrevista coletiva. Em janeiro de 2024, houve superavit de R$ 102,1 bilhões.

Em janeiro, o Governo Central e os governos regionais registraram superavits de R$ 83,1 bilhões e de R$ 22 bilhões, respectivamente, enquanto as empresas estatais tiveram deficit de R$ 1 bilhão. Nos 12 meses anteriores, o setor público consolidado obteve deficit de R$ 45,6 bilhões, o que equivale a 0,38% do produto interno bruto (PIB) do país.

Dívida Líquida e Bruta

O Banco Central ainda divulgou os resultados da dívida brasileira, com a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) — que corresponde à diferença entre a soma dos créditos e gastos do setor público não-financeiro e do Banco Central — atingindo 60,8% do PIB, ou R$ 7,2 trilhões em janeiro, o que corresponde a uma redução de 0,4% do PIB ante o mês anterior.

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende a Governo Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e governos estaduais e municipais, regrediu a 75,3% do PIB, ou R$ 8,9 trilhões, no último mês de janeiro, o que indica uma queda de 0,8% do PIB na comparação com dezembro de 2024.

Raphael Pati
postado em 14/03/2025 16:32 / atualizado em 14/03/2025 16:36