Brasil Summit

Governador rebate críticas e diz que obras para a COP30 estão dentro do prazo

Segundo Helder Barbalho, o estado do Pará tem dialogado com o setor privado para combater a explosão de preços das hospedagens; conferência acontece em novembro em Belém

Helder Barbalho, governador do Pará, no evento Brasil Summit 2025
 -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
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Helder Barbalho, governador do Pará, no evento Brasil Summit 2025 - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), rebateu as críticas sobre a infraestrutura do estado para receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. Segundo ele, as obras estão dentro do prazo e o estado tem dialogado com o setor privado para combater a explosão de preços das hospedagens. 

“Nós estamos avançando fortemente na preparação da cidade de Belém, com obras de infraestrutura que estão todas dentro dos prazos estabelecidos, para que nós possamos entregar um ambiente de cidade e de serviços de melhor qualidade”, disse a jornalistas nesta quarta-feira (12/3) na chegada ao Brasil Summit, evento realizado pelo Lide e pelo Correio Braziliense.

Atualmente, Belém conta com cerca de 18 mil leitos de hotel e espera chegar na COP30 com um número entre 45 mil e 50 mil. Dois transatlânticos, com capacidade para cerca de 5 mil leitos, também vão ficar ancorados em um terminal que está sendo reformado.

O governo do estado também fechou uma parceria com a plataforma de hospedagem Airbnb para aumentar essa oferta, no entanto, os preços no aplicativo para a data do evento, entre os dias 10 e 21 de novembro, assustam. “Estamos conversando com a iniciativa privada para ampliar a oferta de leitos, inclusive para que isso permita a redução dos preços que estão sendo aplicados”, afirmou Barbalho. 

Margem Equatorial 

Questionado sobre as discussões sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial às vésperas da conferência do clima, o governador afirmou que o país precisa estudar suas potencialidades, especialmente para financiar a transição energética. 

O projeto para exploração na área localizada na Bacia da Foz do Amazonas, encabeçado pela Petrobras, aguarda autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Entendo ser necessário que se exaurem todas as demandas do Ibama para que a gente possa ter a compatibilidade da pesquisa com a transição energética, que neste momento ainda requer a utilização de combustíveis fósseis”, disse Barbalho.

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“Mas precisamos estabelecer um prazo definitivo para que o Brasil consiga construir soluções de combustíveis e de energia que sejam sustentáveis. E que, por conseguinte, possa reduzir essa dependência (por petróleo) e aponte uma solução efetiva dentro daquilo que se deseja”, acrescentou.

O Brasil Summit reuniu hoje, no Brasília Palace Hotel, líderes empresariais, autoridades e especialistas do setor econômico e transição energética, para debater as perspectivas para a economia do país.

Rafaela Gonçalves
postado em 12/03/2025 15:59 / atualizado em 12/03/2025 16:06