
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,31% em fevereiro, bem acima do 0,16% registrados no mês anterior. É a maior taxa para o mês desde 2003 (1,57%) e o maior resultado mensal desde março de 2022 (1,62%). Diante disso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 5,06%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo que mais contribuiu para a inflação em fevereiro foi o de Habitação, com alta de 4,44% no período, influenciada principalmente pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos nas faturas da conta de luz no mês de janeiro. "Com isso, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
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Já a maior alta percentual no período ficou por conta do grupo de Educação, que avançou 4,7%, em decorrência, sobretudo, de uma elevação nos preços das mensalidades escolares no início do novo ano letivo, com destaque para ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
Em relação ao grupo de alimentos e bebidas, que nos últimos meses apresentou taxas mais altas de inflação, em fevereiro avançou 0,7%, abaixo do 0,96% registrado no mês anterior. Mesmo com a desaceleração, alguns itens se destacaram pelo forte aumento nos preços médios, como o ovo de galinha (15,39%) e o café moído (10,77%).
De acordo com a última edição do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central na segunda-feira (10), o mercado espera uma inflação acumulada de 5,68% em 2025, portanto, bem acima do teto da meta perseguida pelo BC, de 4,5%. Para o ano seguinte, a expectativa entre os agentes é de um IPCA na casa dos 4,4%.
Resultados por grupo
- Transportes: 0,61%
- Alimentação e bebidas: 0,70%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,49%
- Despesas pessoais: 0,13%
- Educação: 4,70%
- Habitação: 4,44%
- Comunicação: 0,17%
- Vestuário: 0,00%
- Artigos de residência: 0,44%