Inflação

Preço dos ovos deve seguir pressionado até abril, aponta associação

Associação Brasileira de Proteína Animal estima uma redução no valor apenas após o período religioso da quaresma

A inflação dos preços de aves e ovos subiu 1,69% em janeiro -  (crédito: Divulgação/Governo de Rondônia)
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A inflação dos preços de aves e ovos subiu 1,69% em janeiro - (crédito: Divulgação/Governo de Rondônia)

Destaque entre as altas dos alimentos na inflação no primeiro mês do ano, o preço dos ovos deve seguir pressionado nos próximos meses. É o que aponta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que estima uma redução no valor apenas em abril, após o período religioso da quaresma. 

A inflação dos preços de aves e ovos subiu 1,69% em janeiro, de acordo com números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 12 meses, o produto acumula uma alta de 7,84%.

De acordo com a associação, a valorização dos ovos se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro por uma combinação de fatores. Entre eles, muitos consumidores têm recorrido aos ovos de galinha para driblar as carnes mais caras.

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A ABPA destaca ainda que o o acréscimo no valor é uma “situação sazonal”, comum para o período pré e durante a quaresma. “Após longo período com preços em baixa, a comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”, explica. 

Entre outros motivos apontados para a elevação dos preços, a entidade apontou uma alta no custo de produção, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens nos últimos oito meses. Além disso, as temperaturas em níveis historicamente altos também afetam a produtividade das aves.

 

Rafaela Gonçalves
postado em 19/02/2025 11:36 / atualizado em 19/02/2025 11:39